Seminário Aberto na UFES

ESPALHEM, POR FAVOR

Seminário Aberto 

O PROGRAMA DE ACESSO LIVRE A INTERNET EM VITÓRIA

potencialidades na produção de linguagens e pesquisas

 

Luiz Fernando Barbosa Santos

Chefe do Núcleo de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia

Secretaria de Desenvolvimento da Cidade

Prefeitura de Vitória

 

Coordenação: Prof. Fábio Malini (DEPCOM/UFES)

 

Dia 11.04 (quarta), às 9h30

Auditório do CCHN – IC II – UFES

Sobre a defesa

Foram quatro horas de muito debate. Então, terminei a defesa da minha tese exausto. Aliás, todos da banca também. Henrique, Beppo, Ivana, Ruth e Ronaldo, estiverm ótimos e fizeram aquilo que deve ser o papel de uma banca: arguir. Dentro de uma clima de muita elegância.

Ser agora, Doutor – ainda mais o mais jovem Doutor que a ECO formou, é uma algo que vou digerindo nos meus próximos trabalhos.

Mas, tirando essa história de confete em mim mesmo, houve uma questão bastante difícil de ser respondida:

O paradigma de massa está superado ou não ?

Minha resposta virá num artigo, mas queria compartilhar a dúvida com vocês.

E, aí, o que pensar?

Defesa de Doutorado

Defesa da Tese de Doutorado

O Comunismo das Redes: sistema midiático p2p, cooperação em rede e novas políticas de comunicação na Internet

Fábio Malini

Escola de Comunicação/UFRJ – Sala 135  – às 10h30min

 

Banca Examinadora:

Henrique Antoun (orientador)

Giuseppe Cocco (UFRJ)

Ivana Bentes (UFRJ)

Ruth Reis (UFES)

Ronaldo Lemos (FGV)

A TV dos Muitos

A Direita brasileira (e parte da esquerda, a radical impotente) criou um forte lobby para rechaçar a implantação de uma rede de televisão pública e estatal pelo governo democrático de Lula. Essa gente brada que não caberia ao Estado “dirigir” os rumos da comunicação do país. Amparada no legado de intelectuais demodès, sopra o clichê acadêmico uspiano: “O público não se esgota no Estado”. Mas se trata de puro silogismo. Os sistemas público e estatal de TV são coisas distintas, segundo o artigo 223 da Constituição. O estatal divulga atos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. E o sistema público difunde conteúdos produzidos pela sociedade em canais educativos, culturais, universitários e comunitários.

A questão política é que o presidente metalúrgico é ousado demais. Primeiro, vai criar a rede de TV do Executivo, uma “Voz do Brasil” vista na telinha por quem tiver interesse e paciência. Mas essa TV não assusta ninguém. O grande incômodo da direita é com o forte apoio do governo de Mr. Da Silva à TV Pública, que será criada e modelada, a partir de abril, pelos atores da sociedade civil. Pela primeira vez na história, os movimentos culturais da periferia pobre, cineastas, músicos, artistas, jornalistas, videomakers, enfim, todo o precariado da comunicação e da cultura, passará a contar com canais de televisão, com abrangência nacional e local, geridos por eles próprios.

Com a migração para o modelo digital, esses canais serão abertos e concorrentes dos comerciais, disputando, portanto, recursos públicos e privados como já acontece em outros países democráticos. Num contexto de profusão criativa, impulsionada, em parte, pela ampliação da democratização dos instrumentos de produção (como o computador, videocam, câmeras fotográficas digitais, celulares, etc), a sociedade passa a exigir espaços comuns para abrigar suas criações, para que mais gente possa conhecê-las. E a televisão pública é uma boa solução para isso.

Publicado no Jornal A Gazeta (Vitória-ES), no dia 22/03/2007

Educação para cidadania hacker

Manifesto na rede, produzido pela Sociedade Internacional de Tecnologia na Educação, propõe conhecimentos básicos em TI para os estudantes rumo à alfabetização digital.  O manifesto serve como desafios básico para a inclusão digital dessa clientela.

Segue o primeiro dos princípios. Quem quiser o resto, é só seguir para o blog de Anibal de loa Torre. Está em espanhol.

I. Creatividad e innovación: Los estudiantes piensan de manera creativa, construyen conocimiento y desarrollan productos innovadores usando tecnología.

A. Aplican el conocimiento existente para generar nuevas ideas y productos.
B. Usan la tecnología como medio de expresión creativa.
C. Usan los sistemas explorando potenciales más allá de los originales para los que fueron concebidos.
D. Identifican tendencias y pronostican posibilidades.

Leia Mais:

Educação e tecnologia para a sociedade em rede, por Juan Freire

Alguns pontos sobre a convergência digital, por Sergio Amadeo

Mais um artigo publicado, por Fábio Malini

O comunismo da atenção

Bom…hoje terminou o ótimo evento sobre Capitalismo Cognitiv, aqui no RJ. Bom, nove fora ter ficado 12 horas no aeroporto, o que fez com que eu perdesse a palestra de Lazzarato (bom, pelo menos ganhei o livro dele: As Revoluções no Capitalismo), tudo foi muito bom porque pude sair do encontro com mais questões do que entrei. Foi bom rever também a turma toda da Universidade Nômade e da Global.

Preparei um artigo para o evento. Chamei de O comunismo da atenção, é sobre o fenômeno da web 2.o pelo prisma da teoria do capitalismo cognitivo. Quem quiser lê-lo, segue o texto em pdf, em doc para quem quiser ler. Queria colocar a versão openoffice (o editor que uso), mas o WordPress só permite doc (absurdo!!!!)

 

O que vimos é que as comunidades colaborativas da Internet produz um excedente comum para o trabalho. Um amplo reservatório construído a partir da cooperação social. No excesso, sempre há uma informação que acrescenta à vida. Eu sinceramente acredito que a interface gráfica do trabalho imaterial é o excesso de informação. Essa interface que muitos dizem que é poluída, porque excessiva, pra mim, vejo uma força positiva, porque expressa exatamente como o trabalho no capitalismo cognitivo se constitui: como uma atividade que produz e é produzido pelo excesso.

Não sei se estão notando a mutação nas páginas dos jornais. Antigamente, a gente tinha que construir uma narrativa de interface “menos poluídas pelo excesso”. Aliás, a gente tinha que fazer jornalismo baseado no gatekeeper, porque o jornal, a revista, a tevê, não comportava todo tecido social. Não tinha espaço. Por isso o jornalismo desenvolveu critério transcendentais de representação, através do valor-notícia, da objetividade, da imparcialidade, da defesa da justiça, toda essa parafernália moral que está em rota de colisão hoje porque esse tecido social opina, comenta, participa, briga, patrulha, colabora, narra, documenta, noticia, enfim, todo esse general intellect está transformando as relações entre jornalista-leitor. De forma, que nós, jornalistas, estamos tendo uma dificuldade enorme de formar um discurso consensuado sobre o mundo, porque a multiplicidade de fontes escapa a agendinha do jornalista. A longa cauda produz num ritmo absolutamente frenético e sem gatekeeper, já que a filtragem é feito à posteriori e não a anteriori, a partir da lógica de “muitos olhos, poucos erros”. Por isso que, por um lado, há o blockbuster e a grife Mirian Leitão, e por um outro, a Caia, uma das principais formadoras de opinião da nossa lista da Universidade Nômade, que acaba até se sobrepondo a outras figuras que teriam, notadamente, o poder da produção do conhecimento, no caso, nós pesquisadores e intelectuais presentes na lista de discussão. O excesso, portanto, provoca novas singularidades.

Mas eu estava falando sobre as interfaces jornalísticas. Sobre suas mudanças. Agora as páginas dos jornais online primam pelo excesso, quanto mais informação melhor. É uma disputa por atenção. Queria falar que é uma disputa tão ferrenha, que o Google está priorizando, quando fazemos uma busca, apresentar resultados dessa colabosfera comunista. Não sei se repararam isto. Se procurarem algo sobre capitalismo cognitivo, as primeiras páginas lhe remetem para blogs, wikipedia, youtube etc. É para tirar a atenção dos grandes portais e ficar com a atenção para si (Google), que cada vez mais está ampliando a sua carteira de top-minds: Blogger, Youtube, Gmail, Google Maps, Google Earth, Orkut, e assim vai… Gerir a atenção e não mais a audiência é o que busca o Google. É o modo básico do capitalismo cognitivo, produzir valores intangíveis da logomarca e se tornar proprietário desse comunismo da atenção. O Google já sacou que o ideal é ser dono do comunismo da atenção, enquanto as corporações midiáticos estão ainda na era do conteúdo. O conteúdo precisa ser liberado para que se possa existir novas mídias colaborativas, que serão compradas pelo Google.

É claro que a perspectiva do excedente faz parte de um processo de autovalorização do trabalho. Não é alguma coisa que a empresa deseja, ao contrário, ele busca constituir novos encercamentos produdutivos, delimitar o processo de difusão de linguagens, criar “linguagens comandadas”. Talvez as lutas em torno da propriedade intelectual expressem a parte mais dramática da relação entre trabalho e empresa no capitalismo contemporâneo. O Google talvez seja a mais inteligente das pontos com´s nesse processo inteiro.

Notas

Vou deixar as notas e depois botar uma avaliação por menorizada da produção de cada blog. Dei nota 10 pelo blog do Foco. Então as notas são prova, seminário, blog foco, blog individual.

Segue a média fina:

Andréia 9,6

Ariani 10,0

Bruno 9,8

Cintia 7,0

Davi 8,2

Gabriel 9,6

Glacieri 9,0

Helen 9,6

João 9,6

Katilaine 9,0

LAra (ainda sem média final)

Livia 8,0

Luisa B  8,0

Luisa T 8,2

Lyvia 9,6

Mariana 8,6

Mykon 7,6

Natalia 8,6

Sérgio 10,0

Simone 8,0

Tamara 9,6

Thaissa 8,8

Thalles 9,2

Yara 9,2