Poeminha q curti muito

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and he made it up for me

de Vodca Barata

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se eu contasse pras minhas amigas certamente elas me odiariam
(menos jana, que é destrambelhada igual a mim)

o que importa, meu querido, mesmo que todo mundo diga
que você foi uó comigo
…é que agora está tudo certo
a parte em você que ninguém nunca viu
é aquela que você mostrou pra mim

e eu aceito o convite com gosto
e cheia de entusiasmo

coloco sua foto de volta no porta-retrato.

O “ih, fora!” e a volta do Zé Carioca

Decepcionar é um prazer.” (Gilles Deleuze)

No excepcional discurso de Gilberto Gil, em 2003, então empossado como ministro da cultura, o artista baiano afirmava: “Não cabe ao Estado fazer cultura”. O cantor-ministro espantou geral, muitos dele riram. Como se sabe, Gil fez uma gestão revolucionária, de escala global. A lógica do ministro era a de fazer algo bem contemporâneo, que chamou de  do-in antropológico. “Avivar o velho, massagear o novo”.  A herança de Gil parece que passa ao largo da administração cultural da capital, ainda presa a visão folclorista da cultura. Mas um folclorsmo de tipo novo. A folclorização da cultura pop. A receita é assim: transforma-se algo em pop, depois o pop em um cult folclorizado.  É uma operação que dá no mesmo de sempre: samba, suor e cerveja, a mesma equação que tanto tempo, pré-Gil, fazia a alegria dos salões burgueses nos tristes trópicos. E que transformaria os gabinetes de cultura numa caixa de repasse de verbas para uma clientela preferencial.

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Xico Sá sobre o Twitter: “não me siga, não sou novela”

Em ótima crônica (Não me siga, não sou novela“, Xico Sá detona o Twitter.

Sim, amigo, a mania de fazer do simples e transparente gesto de beber um copo d´água manchete dos novos tempos já possui até um verbo abrasileirado: tuitar. Eu tuito, tu tuitas, ele tuita…

É muita perobice ou não é, meu velho?

Por via das dúvidas, fica valendo a lição preventiva da filosofia do antigo pára-choque: “Não me siga, eu não sou novela.” E tenho dito.