Bora pro Carnaval em Vitória!

No Carnaval de Vitória, sambar e blogar!

No Carnaval de Vitória, sambar e blogar!

Em Vitória, o Carnaval vai ser aberto a blogueiros. É isso aí, a Prefeitura ouviu nossas preces!!! Vamos fazer do nosso jeito uma cobertura colaborativa da festa popular. Não estamos recebendo nada por isso, só a credencial e um pão com ovo.

Não sei se vamos fazer uma cobertura ou uma des-cobertura. Ainda não sei quantos seremos, porque uma galera vai ficar acompanhando e participando via Twitter, outros vão aparecer lá no camarote da comunicação, e nós sete (Yuri, Fábio, Flávia, Saulo, Cibele, Thalles) vamos ter a missão de animar a galera na rede. Quem estiver no sambão e quiser twittar e blogar, apareça! Não deu muito tempo de articular mais gente (uma galera ainda me manda email). Depois que a Prefeitura liberou a credencial, não tive tempo suficiente para chamar uma galera mais diversificada, pois que a produção precisava de nomes com muita urgência. Então comecei pelos blogueiros que estão na Universidade, seguido daqueles que estão na lista de discussão dos blogs capixabas.

Tenho circulado em muitos espaços no país onde a atividade do blogueiro já possui uma valorização profissional, ou pelos menos, um status de produção de informação. O blogueiro tem uma escrita com mais liberdade. Em Vitória, essa cobertura tem um quê de “bandeirante”, pois que estamos a abrir caminho para que o blogger seja cada vez mais reconhecido como um produtor de informação, que precisa ganhar a vida para além do pão com ovo

Yoani Sánchez e o surrealismo cubano

Yoani Sánchez, blogueira do GeneracionY, cubana, filósofa, tem passado poucas e boas no seu país. Lá, ter e manter um blog pode ser uma atividade que ameace à revolução, “ao papá”, como ela diz. Na última quinta, junto com Antonio Granado e o Tiago Dória, entrevistei-a no Itaú Cultural, no âmbito do Seminário Rumos Jornalismo Cultural.

A entrevista foi feita no calor de uma “situação surreal”. A Polícia, na véspera, a havia proibido de produzir o seu blog. E de sair de Cuba. “Desde março deste ano, o governo cubano colocou um filtro no meu blog para que não seja possível que se leia o blog em Cuba”, contou.

A blogueira revelou que a antipatia que tem o poder de ti  se deve ao fato de seus posts serem lidos em Cuba não só pela internet, mas também através de cópias impressas que são distribuídas no interior da ilha.

“Pela primeira vez os censores não podem deter um fenômeno informativo. A cada novo intento de censurar o meu blog, mais visitas ele acaba recebendo”, argumentou.

Quem quiser conferir, a entrevista na íntegra é só dá um pulo no blog do Tiago Dória. Tem também: o post da reprimenda da polícia a Yoani e a repercussão da censura à autora na blogosfera.

por que blogar?

Em comentário ao post da Gabriela Galvão sobre por que se bloga, escrevi o seguinte:

Não sei se blogar é um ato que se resuma a apenas a uma “produção de imagens” de si… Quero acreditar que não. Não é somente uma questão de portfólio.

No final de contas é: alguém quer conversar sobre aquilo que quero conversar?

Talvez essa indagação, própria do blogueiro, se resuma à nossa dificuldade de entender qual é o corpo que estamos a criar na blogosfera.

É então uma questão imanente, né. É uma questão de construir o próprio sentido do mundo, e não se subsumir aos já criados por aqueles poderes transcedentes (a mídia, o Estado, etc).

É aquilo que o Antonio Negri, filósofo que eu curto muito diz, “a verdade é aquilo que construímos”.

Então, o blog é a nossa verdade!