Midialivrismo e Coletivos de jornalismo independente no ES

Num trabalho de ótima qualidade, os alunos da minha disciplina de jornalismo online conseguiram produzir coletivos de jornalismo independente multimídia. São 10 coletivos. 10 reportagens multimídia.Todas produzidas a partir do software de publicação automática wordpress. Acabaram por criar seus próprios veículos (que são jornal, tv, rádio e fotografia, ao mesmo tempo),ao invés de produzir um “jornal laboratório” no velho modelo um patrão-operário. Os alunos customizaram seus veículos, com apoio fundamental do Eduardo Lucas, Marcelo Daigo e Yuri Santos. E o resultado ficou muito bom: Coletivo Nômade, Coletivo Ao Vivo, Coletivo Bolha, Coletivo DeRaízes, Coletivo Baú de Vento, Coletivo Distúrbios, Coletivo Pauta Capixaba, Coletivo Pensamento Sustentável, Coletivo Mulher Mulher e Coletivo Vc Saudável.

Agora é dar continuidade e radicalizar o midialivrismo, afinal, “nós somos a mídia”.

Europa quer desregulamentar jornalismo

Vixi… na Europa, rola um movimento, Press Freedom, que exige o fim da intervenção do Estado no acesso à profissão do jornalista. But…para os estrangeiros tem de ter visto, diplomas, certificados, tipo sanguíneo etc. Ou seja, a Europa dá com uma mão, e tira com a outra.

Detalhe, desse movimento nasceu uma Carta (de Edimburgo), assinada por representantes de 19 países europeus. Sabe qual país em que a carta não vai ter validade?

Portugal.

Lá, como cá, jornalismo é atividade regula(menta)da pelo Estado. Segundo o estatuto luso, o acesso à profissão  se faz através de estágios (24 meses na redação, 18 meses cursando qq curso superior, 12 meses cursando comunicação social).

É até boa a solução, mas imagina aplicar isso aqui no Brasil, imagina os níveis de precarização?

Veja  slide do prof. Manuel Pinto que explica o acesso ao jornalismo em Portugal.

Via Antonio Granado

imprensa?

Dando continuidade ao de sempre. imprensa x jornalismo x sei lá o que. Aliás, esse filme Intrigas de estado, com tradução do título absolutamente péssimo (State of play – esse, sim, título bárbaro), apesar da idealização dupla no terreno do jornalismo & blogjornalismo, critica bem os métodos de outrora (que estamos de saco cheio, como promiscuidade com a fonte, câmeras escondidas…) e os métodos de agora (idem, como premência do tempo, publicação acelerada). No final, até chorei com a frase “o jornal precisa estar na mão do povo”. Que lindo é o final hollywoodiano. Mas eu estou de partida para SP, em julho, para entrevistar blogueiros censurados, numa espécie de pesquisa-reportagem-livro-que-um-dia-vai-sair, estou assustado com o nível de degradação política que a galera blogueira combativaestá a passar.O que fazer que esse cabra aqui , solitário na blogosfera a denunciar a gestão fraticida de José Serra na área de segurança pública. É imprensa ou não é? Não é jornalismo, mas, para mim, é atividade de imprensa. E das boas.

Por falar nisso, me parece, que a imprensa capixaba esqueceu da política fraticida do governo estadual em relação aos nossos cárceres, aliás, calabouços, pq até as masmorras do Termidor eram melhores que isso que temos aqui no Espírito Santo, segundo denúncias do Ministério da Justiça.É só ler aqui

Como escreveu o Castro Alves, “Deus, onde estás que não responde”. Puts… pq eu li a Clarice Lispector hj? Vou voltar para o artigo da Intercom, pq o Lattes is my life. FM

Concurso Universitário CNN

Pode interessar a muitos, é o concurso universitário da CNN.

Inscrições:  dia 24 de março a dia 29 de junho de 2009.

Tema:  “O uso da tecnologia no desenvolvimento social’.

A novidade de 2009 é que o estudante poderá enviar o vídeo de até 2 minutos pelo YouTube, sendo que ele poderá produzir quantas matérias quiser. O concurso é válido somente para estudantes de jornalismo.O ganhador conhecerá os estúdios da CNN International, além de ter sua matéria exibida pelo canal.

Mais informações, acesso o blog do concurso.

jornalismo de verdade

Para aqueles que ficam só enchendo o saco e detonando o jornalismo, leia matéria de Eliane Brum. Um trechinho de matéria de raxar o coração:

Esses dois filhos dão a Ailce as duas pontas com as quais ela amarra o final de sua vida. Marcos, funcionário de escola como ela, cuida das feridas do corpo. Aos 42 anos, é um homem quieto, que tranca as emoções em algum lugar entre o coração e o estômago. Ao entrar numa sala, ocupa um canto. Quando a mãe adoece, ele aprende a fazer os curativos e a limpar os drenos, administra seus remédios e prepara o café-da-manhã. Quando ela se torna mais fraca, passa a lhe dar banho. “Não fica com vergonha da mãe”, diz Ailce. “A mãe também deu muito banho em você”. É esse filho silencioso, com a coragem de enfrentar a carne da mãe, que transforma o horror da doença num carinho cotidiano. Pelo toque, ele torna possível para Ailce suportar um corpo em que a bile escorre no lado externo.

Ao igualar-se a um corpo infantil para vencer a interdição entre mãe e filho, Ailce assinala a perda do feminino nela. “O tumor me tirou tudo. Eu perdi peito, bunda, cintura, tudo”, diz. Ailce agora se preocupa cada vez menos com a nudez de um corpo que a trai de todas as maneiras possíveis. E que parece pertencer somente à doença.