a hashtag narrativa: mídia, twitter e colaboração no caso #chuvaNoES

“@henriiquedias: aqui em Vila ‘Veneza’ está pior que terra sem lei, carro na contra-mão, xingamentos e por ae vai. #chuvaNoES”. Twitter for Iphone. 18/11, 22:11

O estado do Espírito Santo, sobretudo a região metropolitana de Vitória, a cada ano, é “surpreendido” por tempestades que trazem inúmeros transtornos públicos (alagamentos, isolamentos de bairros, desmoronamentos, etc). Com frequência, a cidade de Vila Velha é a que mais sofre com essas chuvas, em parte explicado, devido a um investimento tímido em políticas de saneamento básico na cidade, de outra, derivado do isolamento político praticado pelo governo de estado até há pouco tempo.

No ano passado, as chuvas foram tão intensas que, cansados de ver seus dramas serem repetidos em páginas de jornais, os moradores da cidade fizeram o movimento #choravilavelha no Twitter, com a publicação de inúmeros relatos e conteúdos sobre os estragos das águas de novembro. Em artigo, mostrei que o #choravilavelha inaugurava a narrativa participativa p2p no estado, ajudando a formar uma sociedade civil blogueira e tuiteira no ES.

Um ano se passou. E novembro de 2010 faz muito calor. Poucas chuvas. Mas a que aconteceu na última quinta, 18, ninguém vai esquecer, não. Marca principal: ventos chegando a 110 km/h, muita água, trovoadas e prejuízos. A cena dessa anomalia, você, leitor, já deve imaginar. Se não, está tudo registrado na timeline da hashtag #chuvaNoES. Foram quase 2 mil tweets sobre o tema, compartilhados por centenas de usuários da internet.
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