Sobre as mudanças no New York Times

Nas últimas aulas de Jornalismo Digital, o New York Times tem sido recorrentemente objeto de observação, principalmente, após a mudança no seu formato gráfico na web, em que privilegia o excesso e a multimidialidade dos conteúdos. Para quem se interessa mais – e também consegue ler em espanhol e não em iglês – uma boa dica é um post publicado por Juan Varela, no seu sempre pertinente blog Periodistas 21. No post, Varela identifica algumas mudanças no Times:

>> Navegación múltiple (con preferencia horizontal) por formas de uso y por áreas temáticas.
>> Aumento de los elementos multimedia: vídeo, audio y fotos, para meter a las ediciones digitales en el gran mercado de la banda ancha y no conformarse con el público de la letra, sino apostar por la audiencia de la televisión.
>> Abrirse a los lectores: interactividad, entrar en la conversación y dejar que los interlocutores recomienden contenidos.
>> Separar claramente los contenidos del diario de papel, de las revistas o de la televisión de los del cibermedio.
>> Más noticias en la portada, la página más vista en todos los cibermedios de muy largo.
>> Mejorar la explotación de nuevas fuentes de ingresos: pago y áreas comercialmente atractivas como el cine. NYTimes.com recomienda ahora las películas más vistas como si fuese Amazon o Technorati. El ocio ya es indispensable en los cibermedios

Especiais no El Mundo.es

Na minha dura tarefa de encontrar e avaliar o gênero jornalístico "especiais" do mundo online, me surpreendi positivamente com o jornal online El Mundo. Há uma infinidade de matérias especiais hipertextualizadas, algumas em formato flash (as que eu gosto mais, inclusive). Contudo, o que mais chama a atenção é a diversidade de temas e a "longa tradição" de produção desse tipo de cobertura jornalística.

Chama a atenção a utlização de publicidade em alguns especiais. Há um ótimo sobre os 25 anos da Aids em que há publicidade de uma empresa farmacêutica. É um exemplo de como buscar sustentabilidade financeira sem que isto altere o conteúdo editorial. O especial é todo em flash. Muito refinado. Imperdível também o especial sobre 10 anos da Guerra do Golfo. Todo em flash.

Texto clássico na web

Já há circulando na web, a versão, em espanhol, do clássico texto de Vannervar Bush, As We May Think (Como devemos pensar). É um texto profético que demarca as primeiras idéias estruturas sobre o que anos depois viria ser a internet. Li o texto quando estava no Mestrado. A primeira leitura parecia que era história contado pelo meu avô. Muito idealizante, ou seja, as pessoas valorizavam as idéias mirabolantes de Bush demais, pensava eu. Hoje. Vejo o texto de outra forma. Acho o paper provocativo e genial.

Jornalismo: da leitura para conversação

Aquele papo de "leitor ativo, jornalista interativo" ganha força no mundo acadêmico, que começa a estruturar um pensamento sobre as transformações no jornalismo pós-web. Uma ótima entrevista de Dan Gillmor, dada ao blog e-contenidos. Gillmor é autor do ótimo livro, Nós, a mídia. A entrevista está em espanhol, mas traduzi uma parte que gostei.

O jornalismo está mudando: de uma leitura para algo como uma conversação. Como a audiência tem crescentes e poderosas habilidades de comunicação, a habilidade de contestar e falar com os jornalistas obrigará os jornalistas a escutar mais. 

Blogs x Jornalismo

Denken ÃœberMais um post significativo sobre o duelo blogs versus jornalismo. Dessa vez quem escreve é o blogueiro argentino Denken Ãoeber. Ele defende que os blogs precisam da estrutura noticiosa para informar, ou seja, dependeria da imprensa para poder existir. Contudo, o que mais lhe impressiona é o fato de, muitas vezes, o blogs produzirem notícias próprias, sem apoio financeiro e editorial para isto. 

Mas o tema do post de Denken é ainda mais complexo, pois relata que, nos EUA, leitores de 18 a 24 anos dividem seu tempo de leitura na web entre blogs e imprensa. E como esta é a idade da formação do leitor, o jovem de hoje vai ser o adulto que amanhã terá o blogs como mídia informativa que fará parte da sua vida.