Prêmio para Jornalista-cidadão

A Nokia acaba de investir no patrocínio do Citizen Journalism Awards, o que demonstra uma aposta das grandes empresas da new economy no jornalismo participativo. O prêmio é circunscrito ao Reino Unido. Na categoria fotografia, é dada como certa a premiação a Adam Stacey, autor da famosa imagem feita no metrô de Londres, durante os atentados terroristas na capital inglesa.

Para quem não sacou, a Nokia, investindo no jornalismo cidadão, quer que suas paltaformas de tecnologia móvel sejam uma das principais ferramentas desse tipo de prática jornalística.

Internet e a masturbação

Um site cristão fez um manual para o cristão não se masturbar, já que isto é um pecado. Chama-se 10 passos para você não se masturbar (em espanhol). A oitava lei é a seguinte:

8. Evite navegar altas horas pel Internet, já que no momento em que você menos espera, alguém pode mandar algum arquivo com tom pornográfico.

É isso aí. A internet tem culpa até disto. Como se a ação viesse de fora. Ai, ai… esses moralismos… 

Primeiro na web, depois no impresso

Via Periodistas 21

The Guardian anuncia que las redacción del periódico publicará las noticias primero en su edición digital. Sólo algunas exclusivas se reservarán para la edición impresa. El periódico espera fortalecer su información en internet y en el propio papel, ya que dará a los reporteros "la oportunidad de producir más piezas sobre las grandes informaciones sin las limitaciones del diario en papel".

Orkut e a noção de fora

No meu mundo interior (li isto em Negri e achei engraçado), tenho me chateado com uma função que tem o Orkut. É o seguinte: o usuário pode enviar email para toda a sua rede, contudo, quem recebe o email não pode enviar reply para a rede do sujeito. É a velha lógica unilateral da comunicação: um-todos. 

Participei de um debate online com uma figura que sempre mandava a opinião dele para todos os seus "amigos", contudo, o que eu dizia sempre ficava no terreno do isolado, do perdido, da relação eu-meu interlocutor. Talvez essa função do orkut reflete um pouco a dimensão sinóptica que Baumann insiste em afirmar: o mundo se articula na criação de tecnologias que mais investem em "evitar a entrada" do que "evitar a fuga" (panóptico).

Sei que, para quem está no Orkut, socializar a sua rede no "fora" é perder a graça de usar a comunidade virtual. Contudo, essa "reprodução do fora" carrega um dupla ideologia. Primeiro, a noção de que constituindo um fora, os vínculos se tornarão mais fortes no dentro. Porém, essa condição comunitária identitária (eu-outro / dentro-fora) continua a reforçar elos fracos, porque no âmbito do virtual, as identidades são mais camisas do que peles. O dentro é mistificação, que se sustenta numa prática do fora que é ilusória, já que a informação circula lisamente.

A segunda ideologia é a noção do fora como um terreno do excesso, o que justificaria a criação de um dentro mais objetivo, comum e estriado. Trocando em miúdos: somente no dentro é possível constituir redes sociais, já que a barreira identitária (ter comunidades) é o que articula o ser algo. 

No final de tudo, acho tudo moralista. É só "entre quatro paredes" (no dentro) que o íntimo, o político e o desejo se manifesta.

MAis um bom especial

Desta vez, o especial – de ótima qualidade – é feita pelo Globo Online: é o Rádio Mensalão, sobre um ano do escandâlo paralisou – para o bem e para o mal – o país. Feito em linguagem flash, o especial tem cronologia (mês e dia), principais números da crise, personagens, vocabulário da crise e opinião do leitor.

Pena que não haja link para o especial, é necessário entrar na página e, no menu à esquerda, no canal especiais, clicar no link escandâlos em série.