Liberdade ainda que tardia

Estou acompanhando a movimentação que está rolando no 7º Fórum Internacional do Software Livre. Não pude me conter ao ler sobre a participação da Microsoft, que é vista por muitos como o ínicio de um "jogar a toalha". Pelo que tudo indica a gigante vai se aproximar da cultura livre para ampliar o escopo dos seus negócios, como já fazem IBM e Oracle. Segue o depoimento de Roberto Prado, Gerente de Estratégia de Mercado da Microsoft Brasil, dito no Fórum e publicado no Terra Informática:

A Microsoft precisou passar pelo processo de entender o que é o software livre e agora está trabalhando para uma aproximação com a comunidade. Estamos aqui justamente para tentar corrigir o tempo perdido.

Essa aproximação da Microsoft é um assunto e tanto para pensar. Primeiro porque – dado a maturidade do movimento livre – esse namoro pode dar frutos, principalmente no financiamento da gigante em áreas que vem perdendo competitividade (como soluções para web). O problema é que o namoro só vai ocorrer se a MS disponibilizar o código do Windows. E aí são outros quinhentos.

Segundo, pois o movimento do software livre mostra que que produz independente da Microsoft, ao contrário, esta pode ser até eventual parceria. Aqui não há dialética. A resistência vem antes do poder. É pura criação.

Richard Stalmann – o criador do movimento – ironizava no evento: "liberdade ainda que tardia". Salve!

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