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“Pocos reconocen realmente que el ordenador no nació
de la era de la información sino de la era del espectáculo” (Alex Galloway)
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Um boa referência para quem curte estudar imagem e sociedade do controle é o ebook “Painel de controle”, em espanhol. O blog dessa turma que produziu o livro também é bem interessante. Li o artigo sobre Videovigilância como gênero, uma reflexão sobre o uso das imagens de videomonotaramento na produção de ficção e na participação do universo midiático. E também a ótima entrevista dessa turma com o Alex Galloway (galloway@nyu.edu). Um bom momento desse ping pong: Galloway faz crítica aberta a Barábasi. Traduçãozinha (bem livre mesmo):
Por que Barabási tem tantos desejos de proibir a organização rizomática? Qual é a forma arquitetônica do poder e como a afirmação de Barabási ajuda a naturalizar esse poder? No final, sou levado a perguntar não qual rede temos, mas qual rede desejamos. Há uma certa retórica ingênua em torno da liberação das redes, a antihierarquia, “a informação quer ser livre” e todas essas coisas. Mas Barábasi indica é o contrário disso: não queremos que as redes sejam livres gastamos toda a energia em aboli-las através de uma avalanche de reorganização retrógradas, piramidal. A partir disso, então o problema principal, para utilizar uma terminologia psicoanalítica, é que as novas mídias são fundamentalmente sádicas, quando de fato as tratamos como se fossem masoquistas. Este é o problema fundamental do desejo hoje. Mas, para além deste método clássico de “crítica da ideologia”, também noto que Barabási oferece uma resposta muito reacionária a uma pergunta muito progressista. Não é bastante conveniente que esta nova tecnologia se pareça com as redes corporativas ou inclusive monárquicas descentralizadas e centralizada de outrora? De novo me parece que este enfoque carece totalmente de imaginação. No lugar disso, eu coloco a seguinte pergunta: Como pode a rede distribuída, em si, oferecer uma forma nova de organização e controle, sem recorrer aos anacrônicos (mas familiares) diagramas? Responder a esta pergunta significaria encarar de maneira direta a essência sádica das novas mídias. Mas Barabási responde a esta pergunta com um gesto de desdém: o que se acreditava ser um rizoma é de fato uma árvore! Quanto mais ratificada se vê essa sua afirmação nos estudos de teoria dos grafos e modelos matemáticos, mais ela se reduz a uma pura projeção de fantasia. No lugar disso necessitamos de anti-histórias totalmente novas da tecnologia, histórias da tecnologia desde o olho do furacão.