Todo blogueiro sabe da importância dos comentários para a credibilidade do seu espaço. Ele é sempre uma incógnita. Com um pouco de “etnografia em rede”, o que dá para perceber é que as pessoas curtem comentar assuntos polêmicos. E é muito comum os posts longos (ao invés dos curtos) produzirem mais participação do usuário. Em um post longo há frequentemente mais opinião, o que acaba estimulando um debate maior do que aquele microtexto mais informativo.
Claro que há mais variáveis que desvendam a motivação para comentar: o desejo de se apresentar a um debate e assim se colocar na cena pública; para agradecer sobre uma dica ou mesmo para se apresentar a um outro; enfim, a lista é enorme.
Mas, vendo o drama dos jornalistas blogueiros da mídia de massa, os comentários têm um perfil um pouco diferente daqueles que circulam na blogosfera. Frequentemente possuem muitos insultos, não debatem o assunto do post, sendo verdadeiros off-topics.
No fundo, o jornalista – desacostumado com o fato de a web ser sempre uma construção coletiva e não uma mediação individualista – acaba batendo boca com o seu leitor, editando o material que vai virar comentário. É um dilema duro, por um lado, se libera, a rapaziada produz a “resistência do excesso” (tem post no noblat que tem 500 comentários, ou seja, impossível de se ler); se edita, é acusado de censor, vendido a dinâmica da mídia unilateral de massa.
Um ótimo texto sobre o papel dos comentários na narrativa bloguer (fonte inspirador desse meu post) está no blog Vida Vacia, de Jorge Gobbi.
Malini,
como não irei à sua última aula, este foi o meio mais apropriado que encontrei de falar com você. Comentando sobre o post acima, acho, ou melhor, tenho certeza de que não entendi, afinal, como é possível você ensinar uma coisa e afirmar outra aqui?? “Em um post longo há frequentemente mais opinião, o que acaba estimulando um debate maior do que aquele microtexto mais informativo” (?????)Mas essa não foi a única coisa que não entendi…Qual foi o seu critério de avaliação, na minha turma? O que justifica o meu 7,3? Será que é o fato de eu achar um absurdo o país parar nos dias de jogo do Brasil??? Pode ter sido tudo, menos os nossos 64 posts no blog ou qualquer tipo de participação na disciplina.
Não queria ser grossa, mas, realmente, não vi razão no seu critério de avaliação. E pra você entender melhor minha indignação:
Semiótica (Dalva Ramaldes): média 10
Comunicação Organizacional (Martinuzzo): média 10
Radiojornalismo (Kátia Fraga): média 10
Jornalismo Digital (Fabio Malini): média 7,3
Eu só fui relapsa na sua matéria??? Ou eles que me deram nota??? O que será que está errado???
Estranho…Não acha??
Muito indignada, não pela nota, não vou me achar menos competente por causa dela. Estou indignada com o critério que, pelo visto, não foi o mesmo para todos.
Bacana…o professor levando uma bronca na blogosfera, isso é que é democracia.
Gostei do pós sobre os comentários. Mas existe uma classe de pessoas (baixa), “os espinafradores” (é assim que alguns se auto-intitulam), de maioria elitista, que freqüentam covardemente – como anônimos, ou não expondo seu perfil publico -, os blogs somente no intuito de esculhambar, fazendo buscas minuciosas de algum erro de gramática, (tão acostumada ao açoite da língua), ou de digitação, para se valer de uma suposta superioridade. É a raça ariana da elite blogosférica, que não suporta pobres voando…
Abraços e parabéns professor.