Declaração de independência da blogosfera

Via Juan Freire, um texto que entra no roll daquelas manifestações típicas de blogueiros: escrever sobre a importância de blogar. Dessa vez a narrativa utilizada é na forma de manifesto. Alguns benefícios do blogar:

Rompe o código fechado do elitismo, dos fundamentalismos de todo tipo. Inaugura a coversação e a transversalidade intelectual.

De fato a possibilidade de ter uma participação mais ativa na construção da opinião pública é um marco do quinto poder (os blogs e as tecnologias colaborativas, como o Wikipedia)

Rompe com as idéias aceitas sem questionamentos e críticas, (…) recombina a informação para observar a realidade desde outros pontos de vistas

Participei de tanto blogs colocando minha opinião, via comentários, que teve alguns momentos que mudei mesmo a minha opinião, ou pelo fiquei mais tolerante, ou pelos menos “menos senhor da razão”, doença que realmente acomete dos professores universitários.

A internet oferece um espaço virtual de liberdade, autônomo em relação às autoridades do mundo físico. Mas esta independência será sempre temporal, em qualquer momento é suscetível de terminar-se e de reiventar-se o de reinventarse; portanto aproveite esta indpendência transitória intensamente.

Pra mim, eis o núcleo da linguagem blogueiro: a autonomia na produção da linguagem, que está associado com o aumento de singularização dos nossos dias. Não dava mais para assistir Gugu, Faustão e Fantástico. Sentíamos incômodo em ter a massa como a única alternativa. Os blogs e as mídias participativas é uma resposta a esse vazio de autonomia em que a cultura de massa se ancorou há anos.

Queria acrescentar uma coisa a essa declaração de Juan Freire:

– o blog possibilita a criação de uma obra aberta. Vocês, vejam, de um post do Freire surgiu uma invenção, um desdobramento, uma dobra. A possibilidade de diálogo, ao mesmo tempo, de singularização do texto é algo que fundamenta a ética blogueiro, baseada principalmente na lógica do “blogueiro linka blogueiro”. E assim criamos uma comunicação baseada no eco e não na difusão.

 

 

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