1. O blog produz uma nova narrativa jornalística. Ele está mais próximo do "jornalismo de nota" e do de coluna do que do jornalismo investigativo (pauta-rua-redação). Seu foco é opinar e fornecer referências (links) sobre um determinado tema. Contudo, há um conjunto enorme de blogs que são testemunhas oculares da história, como os de jornalistas que cobrem guerras. Logo, tem muita produção blogueira que obedece o esquema pauta-rua-redação.
2. "News" é algo freqüente em blogs. Só que elas não têm lead, sublead e fechamento. Aliás, o modelo do lead é, no mínimo, descartado (para não falar eliminado). E talvez por isto muitos não vêem o blogueiro como um jornalista. O padrão do blog é a tradição do microconteúdo, que não significa texto pequeno, já que, se ele tiver muitos links, fica grandioso.
3. Os blogueiros jornalistas não fazem ctrl C + crtl V. Muitos jornalistas – que não querem blogar – acusam os blogs de ter muitas cópias. Contudo, se analisarmos as editorias de internacional ou esporte, vamos verificar que é tudo colagem de matérias que são produzidas pelo próprio veículo.
4. O jornalista produz credibilidade sem a necessidade da marca da empresa. O blog é do Noblat e não do Estadão. Estamos presenciando uma autonomia jornalística.
Mas…
1- blog tem mais a ver com publicar, tornar público, do que ser jornalístico. Você pode ser jornalistico também, mas não quer dizer que blogs são jornalisticos. A priori, blogs não são nada, só ferramenta de publicação. Talvez os blogs jornalísticos estejam assim. Mas blogs, em si?
3-O blog não faz Ctrl-XUP, ele linka. é mais fácil =) Se tiver feeder então…
4- Mas será que o Noblat é realmente autônomo do Estadão? Ou só está com uma alcunha diferente? Será que existe agendamento em blogs? Posso criar um blog meu, mas se os meus editores continuam me pautanto,e ai? Qual a diferença?
É um bom debate. Mas sinto que há uma adesão jornalística, por um lado, por moda; mas, por um outro, pela necessidade de se adiantar, de chegar na frente do impressso. O Ancelmo Gois diz que não aguento mais os blogs, porque ele demora às vezes quatro horas para conseguir uma nota com um ministro. E quando começa a escrever (para sair no outro dia na sua coluna) a mesma nota está no blog do noblat.
Sei que há um conflito na sobreposição entre ser blogueiro e jornalista. O blogueiro é se filiar, fazer eco ao argumento do outro e, neste sentido, criar uma esfera mais pública de debate e informação. Mas, na prática, os usos da linguagem blog são muitas, aliás, múltiplas. E o jornalismo vem percebendo que essa linguagem de referência e mais livres está fazendo muito a ele.
Acho que há autonomia profissional, sim, no caso do Noblat. Veja bem, o blog dele é informativo e opinativo, então, sei que posso discordar da opinião dele. Vou lá comento um monte de coisa e ele saca que não é tão deus assim. Em relação À empresa, a autonomia se dá porque o Noblat não precisa da credibilidade do veículo para ter credibilidade. Leio a coluna dele no impresso parece que estou lendo algo desgastado, uma folha amarelada pelo tempo. Fica meio sem sentido. No impresso, acho que ele não é tão autônomo. Na web, ele desliza mais em relação à empresa.
No fundo, poderíamos pensar se a prisão do texto ao tempo, no caso, do impresso, é o que dá esse sentido de verdade, mas tb um sentido de “pelego”.
Há no blog ainda um desafio a ser superado: a escrita aberta. FAzer com que o leitor altere e entre no processo de criar mais que um blog, mas uma comunidade. O leitor ainda está muito restrito ao “comment”. É platéia que co-produz ainda timidamente.
Sobre a questão de ser pautado pelo um editor, é uma ótima provocação. E diria que vc, cleber, tem razão. Não tinha observado as coisas por esse ângulo. Mas, agora, relativizando o ato de pautar, eu não sei se os blogs jornalísticos são pautados como entendemos classicamente. A pauta, aliás, transcende aos blogs jornalísticos. Percebo muito nos nossos blogs que reproduzimos e debatemos muito os temas pautados pela imprensa.
Então, há uma questão legal a ser explorado: há uma funcção vital na “mídia dependente” de influência que ainda chea a espaços que nascem, crescem, se reproduzem e morrem em outra esfera, alheia à mídia de massa.
Adorei o comentário e a possibilidade de discussão.
FM: “4 razões para pensar que Blog é gênero jornalístico”. /// De novo o FM se enrosca com o tal de “pensar”. Tá pensando demais, meu! Ou tá pensando de menos! Mal pensar tá! Atualmente os blog dos jornalistas de maior destaque estão deploráveis (insignificantes)! O Noblat e o Azevedo praticamente fazem copiar-colar dos mesmos assuntos que saem nos jornalões (90% dos informes do dia!). A Azevedo é oportuno nas suas intervenções, o Noblat vez que outro faz um editorial. O Josias ainda é o que proporciona algum jornalismo seu, de sua cavação, garimpagem, feitura. Os blogs “Globo” no meu entender são moderados pelos compromissos profissionais dos autores: inúteis. Os blogs tidos “de esquerda” valem tanto quanto o níquel furado que valoriza o PT. O blog do O. de Carvalho faz com que o leitor leve uma “porrada das piores” nas ventas. O do Jefferson é uma anarquia consentida. O do Nassif está virado um “iBest” de araque musicista. E outros “n” blogs por aí estão todos sem propósito, sem método, sem norte, sem sentido de equipe (entre blogueiro e bloguistas). Culpa dos dos donos-do-pedaço evidente! Está faltando sabe o quê? Um clima pró suficiências, gerar suficiências. O FM sabe qual é a diferença entre suficiência e necessário? Pensa que sabe! Pensa e só! mas não sabe não! E nem adianta ir nos dicionários que não vai encontrar: os amansa-burros estão emburrecidos! Manja esta: a eficácia promove suficiências, a eficiência produz necessários. Para o bom entendedor meia palavra basta.
O problema, meu, é que vc só lê blog de merda na internet, esses da da categoria jornalístico, vive procurando “a verdade” neles, e no do josias e do reinaldo, putz, kkakakakakakakakakakakak
kakakakakakakakakakaka. kakakakakaka kakakakakaka!!!
Esse post é só para dizer que blog é um gênero de internet e que o jornalismo pode caber nele, tal como pode caber blog de trolls…
ai, ai, o resto é ressentimento seu, velho. Falta-lhe ler Niestzche.