Artigo – excelente! – analisa como a Web 2.0 constituiu novas possibilidades de pensar a narrativa. Os autores (ALEXANDER & LEVINE) mostram que a narrativa na web 2.0 se caracetriza por histórias abertas, ramificadas, hiperlinkadas, participativas e – o que mais gostei – imprevisíveis, à medida que tais narrativas se compõem da obra original + a produção que se é gerada a partir dela. Muitas vezes, um vídeo (ou uma seqüência de) gera novas edições, comentários, críticas, blogs, wikis, outros vídeos-respostas etc. Essa aglomeração produtiva disponível na internet em torno de uma obra (e derivada, é claro, dela), que deve ser nomeada como “narrativa web 2.0”. Me Lembre de muitos casos, como o da Cicarelli, que provocou uma onda de novos vídeos, comentários, blogs etc. Esse artigo é muito seminal porque nos coloca o desafio de pensar a narrativa como um construção exógena ao texto. A narrativa se constitui dentro de um espaço de conexão, para além dos links internos ao texto, mas principalmente externos a ele.
Lonelygirl15 (http://www.lonelygirl15.com/), que começou como uma série de pequenos vídeos no YouTube, passou a incluir um grande número de comentários, blogs, páginas wiki, paródia de vídeos, vídeos resposta, e um corpo de críticas. Em cada um destes casos, a relativa facilidade de criação de conteúdo web ativa conexões sociais em torno de história e materiais.