Negri fechou a sua participação convocando todos para uma conversão ideológica. Uma ruptura geracional. Muitos já formulavam a sua opinião sobre a palestra, principalmente, os sindicalistas ficaram chocados com alguém que acabaram com os seus clichês e não perceberam que a filosofia de Negri trazia para eles uma possibilidade de liberação. De aumento de liberdade. Mas como sou da comunicação, sei que o efeito do discurso é de longo rpazo, mesmo que tenha respostas de curto prazo. Não sei o que vai ficar para as pessoas de Nova Iguaçu que estiveram lá, mas pelo menos vão ter um dilema ideológico para ser resolvidos nos grupos de miltância. Negri aponta a sua última fala como uma chamda para a construção de um outro mundo: imanente e não transcedente. Real e não abstrato.
A miltância hoje não é distribuir panfleto, colar cartaz, dizer palavras de ordem. Militar é investigar. Fazer pesquisa para entender esses desdobramentos do trabalho. Identificar a capacidade produtiva do trabalho para fazer militância. É um trabalho cultural. Queria dizer algumas outras coisas: a divisão do primeiro e do segundo mundo é cada vez mais volátil. E nas sociedades onde o peso colonial ainda é forte (onde o problema de raça persiste) as políticas de cotas libertam as amarras coloniais. Hoje o que é a precarização no primeiro mundo se aproxima muito do que seja a exclusão no terceiro. Como responder então a precarização e a exclusão? É a mesma resposta que daria para como responder a crise política no governo Lula: qual é o nosso nível de acúmulo de indignação e de insuportabilidade? Isto é importante, agora, não para organizar caminhos de fuga oportunista, mas para acumular ruptura de base. A globalização não tirou a possibilidade de transformar o mundo, mas diluiu sobre toda a face da terra essa possibilidade. Há várias cargas políticas hoje no mundo pronta para explodir. Temos de reconhecê-las para guiá-las. Hoje portanto o grande problema é se inserir no mercado mundial buscando localizar essas questões. Não se trata de auto-flagelamento, mas estar sempre pronto para uma tentativa de renovação.
Fim de papo, mas não de afecções… amanhã continua no Capanema.
Quem diria q pesquisando na Universidade eramos militantes e nao sabiamos! Beleza de material Malini!
Saudações,
Oque Negri quer dizer sobre “acumular ruptura de base” ?
um abraço,
Lucio Uberdan