Seminário sobre Capitalismo Cognitivo

 No começo de dezembro (5 a 7), vou estar participando, como palestrante, do Seminário Capitalismo Cognitivo: comunicação, linguagem e trabalho, promovido pelo Centro Cultural Banco do Brasil, com curadoria do Giuseppe Cocco.

Segue a programação:

Terça-feira 5

ABERTURA
Giuseppe Cocco – LABTeC/ESS/UFRJ
Micael Herschmann – Nepcom/ECO/UFRJ

A NATUREZA DO CONFLITO NO CAPITALISMO COGNITIVO

O “capitalismo cognitivo” faz emergir novos conflitos: por um lado, as problematizações da idéia de “critique artiste” diante das lutas dos artistas e profissionais do espetáculo; por outro, os mal entendidos que conceitos como “critique artiste” ou mesmo “capitalismo cognitivo” podem introduzir no debate sobre o capitalismo contemporâneo.
– Maurizio Lazzarato – Universidade de Paris 1 – França
– Sergio Amadeu – Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero
– Tatiana Roque – moderador – IM/UFRJ

Quarta-feira 6

TRABALHO E EMPRESA NA ERA DO CAPITALISMO COGNITIVO
A questão do “software livre” no capitalismo cognitivo, a apropriação e a perturbação da nova “governança” pelos bens e ativos intangíveis.
– Antoine Rebiscoul / The GoodWill Company – França
Fábio Malini – UFES – Vitória
Luiz Antonio Correia de Carvalho – moderador – RITS

Quinta-feira 7

TRABALHO, SABER e CULTURA
Em meio a diversas crises: urbana, do trabalho, da democracia representativa, as cidades e suas periferias são percebidas como laboratórios de estilo, de estéticas, de economia para os movimentos globais, em que novos movimentos e redes sociais estão reagindo ao colapso social e propondo outros modelos de produção e inserção.

– Ivana Bentes – ECO/UFRJ
– Écio de Salles – ECO/UFRJ
– Sérgio Sá Leitão – moderador – BNDES

Centro Cultural Banco do Brasil
Rua Primeiro de Março, 66
Centro Rio de Janeiro RJ 20010-000
Tel. (21) 3808-2020
bb.com.br/cultura

O meu fichablog

Num ritmo acelerado de tese, comecei a sentir que me perdia em um emaranhado de livros. Escrevo, penso em uma passagem de algum autor, mas não lembro onde determinada citação está. Outra coisa: tenho um tema para desenvolver mas não consigo organizar todo conteúdo sobre ele. Aí resolvi criar o Ficha no Blog, um fichamento todo tagueado. A primeira operação tem sido colocar todas as partes sublinhadas dos meus livros do Negri nesse blog. Tagueei tudo. Assim, na hora de saber quais citações tenho sobre o conceito de Multidão, vou lá no blog, clico no tag “multidão” e aparece tudo pra mim sobre o tema.

O legal é que futuramente poderá ser coletivo. Exemplo: se for fazer uma pesquisa sobre cibercultura. Pode dividir a leitura de um livro com um orientando e, em pouco tempo, fazemos o fichamento do livro.

Tem sido balsâmico!!! Vou fazer isto com todos os meus livros!!!

O jornalismo participativo, por Dan Gilmor

Via E-contenidos, leio ótima síntese da palestra inaugural do Congresso do Nuevo Periodismo de Valencia feita por Dan Gilmor, autor de We, the media. Adorei e resolvi traduzir:

O jornalismo se converterá em uma conversação, donde a publicação não é o ponto final do processo informativo,mas sim a parte que deverá ser completada pela conversação. E para conversar há que escutar. Os meios tradicionais não estão bons nisto. Há que melhorar isto e escutar a audiência.

Sobre a produção coletiva do jornalismo disse:

A próxima evoluçãose dará no âmbito do nós, a comunidade. A popularidade que outorga a comunidade não é suficiente: há que se inserir o conceito de reputação, isto permitirá a comunidade ser um editor coletivo.

Para quem quer ir direto a fonte, há o vídeo da palestra do cara (com legenda em espanhol). Dá para ler pausando o vídeo.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=cZitgf9DKSw]

La (2) Notícias, jornalismo corporativo e jornalismo participativo juntos

Sensacional experiência (atenção, galera da TV) que mescla televisão de massa e web 2.0. Trata-se da La (2) Notícias. O site é do programa de televisão na Espanha com o mesmo nome. Só que na web, os produtores da tevê pedem que seu público participe enviando vídeos sobre o tema semanal do programa, ou seja, fazendo jornalismo na rede (o tal jornalismo participativo). Com isto, se amplia o debate audiovisual sobre o assunto, agrega-se o usuário numa modalidade de participação ativa (ele produz um mídia online ao mesmo tempo que produz um discurso) e faz do telejornalismo de massa um fator de construção de comunidades virtuais. Beleza de experiência. O nome a seção que o leitor tb é produtor chama-se Câmara Aberta. Nada melhor!

Via Dalequetepego

Na Inglaterra, BBC vai entrar na onda web 2.0

Via Nxtmdia:

A BBC, na Inglaterra, promete um website, antes do final do ano, que se caracterizará por ser unicamente por conteúdos criados pelos seus leitores. O anúncio foi feito pelo todo poderoso chefe da BBC News Interactive, Pete Clifton. Os conteúdos virão de blogs, comunidades e sites de notícias produzidos pelos leitores.

Vamos ver como será a organização do conteúdo…

Capítulo I da minha tese

Pois é. A vida ficou muito mais complicado. Depois de passar o semestre lendo igual a um louco, comecei a escrever a tese. Sempre acho que escrever dissertação ou tese é igual a fazer psicanálise. A diferença é que o divã é a cadeira e o psicanalista o computador. Você percebe que é bom nisto e péssimo naquilo. Ai, fica numa paranóia: melhoro o que sou ruim ou aperfeiçôo o que me dou bem. Gosto da primeira opção. Esse feriadão, então, fiquei me deleitando com a recuperação de uma bibliografia punk, mas que hoje eu entendo e que antes era insuportável de interpretar.

O primeiro capítulo da tese, denominei provisoriamente de O Sujeito no Capitalismo Cognitivo. Continue reading

Veja sacaneia cartunista

Via Alfarrabio, leio que a Veja publicou uma charge sem devida autorização. Tratava-se de Lula chegando numa banca de revista e perguntando se havia revista de sacanagem. O jornaleiro responderia: Qual? E Lula: “A Veja, aquela que vive me sacaneando”. O autor é o Santiago, que recebeu um telefonema da redação, que pedia a liberação da charge. Santiago disse não porque não concordava com a linha editorial da revista. Mesmo assim o periódico publicou o cartoon do cara.

Mais uma da Veja…

Um jornal participativo tupiniquim

O Brasil wiki é uma tentativa de produzir um wikijornal brasileiro, na linha dos jornais participativos. Gostei dos vídeos. Os textos estão ainda muito escasso.  O usuário deve se cadastrar no site (algo meio contraditório para a linguagem wiki, mas tudo bem…). A responsbilidade do material divulgado é do internauta, segundo diz os termos de uso.

Falta ser um pouco mais ágil na publicação. Deve ser por conta dos editores…

Blog: da Gazeta ou do blogger?

Nem pop, nem cult é o novo blog com o cabeçalho do Gazeta Online. O portal capixaba, no melhor estilo gambiarra, lançou o blog na plataforma Blogger. Por um lado, isto é bom pois torna evidente que essa plataforma tem muita “coisa jornalística”. Por um outro, é um certo desleixo com a unidade de negócio conteúdos para Internet (o online no ES ainda é tratado pelas empresas de comunicação como algo menor).

Quer ter blogs? Então estrutura uma plataforma para isto. Investe em tecnologia. E não fica vampirizando conteúdo de ninguém. Sei que a Globo.com tem parceria com o blogger, mas, pô!, ninguém merece tanto desleixo e algumas tolices: a interface fica poluída (entre o cabeçalho-menu da Globo.com e do Blogger), o conteúdo não tem a credibilidade da empresa (de certa forma, do ponto de vista da autonomia do trabalho, isto é ótimo) e o blogueiro tem de se virar na organização da sua página, arcando com os custos de produção, enquanto a empresa ganha os ônus da visibilidade.

Assim não pode, assim não dá.

Ops! o blog é maneiro! É um estilo cocadaboa e kibeloco.