O fenômeno da web 2.0, uma visão de Manuel Castells

Via Jornalismo e Internet, blog do professor de jornalismo digital da UFBA, Marcos Palácio, leio o fundamental artigo de Manuel Castells sobre o fenômeno da web 2.0, ou seja, é uma análise sobre a nova etapa em que se encontra a web, agora permeada de sites e tecnologias criadas e desenvolvidas pelos próprios usuários, como o Youtube, Emule, Wikipedia, Flickr, MySpace, Blogs, NewsVine etc. Castells gosta de chamar esse fenômeno de Mass Self Communications.

Mas embora o mundo afirme não ter mais confiança nos governos, nos dirigentes políticos e nos partidos, a maioria da população ainda insiste em acreditar que pode influenciar aqueles que a representam. Ela também crê que pode agir no mundo através da sua força de vontade e utilizando seus próprios meios. Talvez essa maioria esteja começando a introduzir, na comunicação, os avanços extraordinários do que eu chamo de Mass Self Communication (a intercomunicação individual).

Curso para ser jornalista-cidadão

Via E-contenidos, leio no post que já há instituição americana que está oferecendo cursos de formação para jornalistas-cidadãos (ou sujeito que quer ser jornalista sem pensar pela faculdade). O curso é articulado em cinco módulos: minuciosidade, precisão, imparcialidade, transparência e independência. Todas as aulas e o material do curso estarão disponíveis online sob a licença Creative Commons.

Imagens híbridas


Descobri a linguagem das imagens híbridas. Criatividade pura. Na verdade, é um pouco de ilusão. Há uma fusão de imagens em que quanto mais distante seu olhar fica da imagem, ela vai se transformando em outra imagem. É o caso da imagem acima, um híbrido de Tony Blair com a Dama de Ferr (Tatcher).

Quem quer curtir mais, há no MIT um site só sobre essa linguagem

Os 15 sites que mudaram o mundo

Dentro do clichezinho das listas jornalístics, o The Guardian enumera os 15 sites que sacudiram o modo de usar e de estar na web. Os cinco primeiros: Ebay, Wikipedia, Napster, Youtube e Blogger.

Faz sentido. Todos são inovações que foram produzidas sem a mediação da lógica empresa rial capitalista (depois, sim, capturadas por essa lógica). Tudo inovação gerada no estilo “na garagem tomando cerveja”.

O fenômeno da customização em massa

A possibilidade de comprar camisetas com estampas menos padronizadas está ativando uma forma de comércio eletrônico inovador. Trata-se de um punhado de sites que vendem camisetas com estampas criativas feitos por jovens designers, que juntos estão ganhando uma grana sem passar pela relação assalariada. Geralmente as camisetas custam em torno de R$ 35 a 50 reais. No Espírito Santo, há ótimo site Samba Club. Este tem um sistema de reputação em que o usuário envia fotos que mostram ele vestido com a camisa comprada no site. Isto dá credibilidade e produz comunidade. Aliás, há ainda um blog do Samba Club sobre design e moda.

Na rede há outros sites já com bastante credibilidade na operação de venda e permeados de criatividade nas estampas:

www.camiseteria.com.br – camisetas com modelagens diferentes. Um dos mais acessados dos sites do gênero.
www.weare-mono.com – vestidos, moletons e camisetas com modelagens diferentes
www.algunstormentos.com – superindie, tem camisetas de bandas e filmes
www.somavisual.com – camisetas assinadas por jovens artistas
www.reverbcity.com – bandas indies em camisetas e bottons
www.punkstein.com – camisetas e bottons rockers e engraçados; também tem cintos
www.cumavirtual.com – trocadilhos e piadas inspiradas no cinema e em ícones da música estampam as camisetas
www.obra.art.br – coleção inspirada na boemia do centro da cidade
http://ubbibr.fotolog.com/piorski – para garotas, com muito mangá e estampas florais
www.fotolog.com/andalusia – casacos e blusas, tudo sob medida
http://garagem.uol.com.br/store.asp – camisetas de bandas (tem até tamanho infantil)