Concurso Universitário CNN

Pode interessar a muitos, é o concurso universitário da CNN.

Inscrições:  dia 24 de março a dia 29 de junho de 2009.

Tema:  “O uso da tecnologia no desenvolvimento social’.

A novidade de 2009 é que o estudante poderá enviar o vídeo de até 2 minutos pelo YouTube, sendo que ele poderá produzir quantas matérias quiser. O concurso é válido somente para estudantes de jornalismo.O ganhador conhecerá os estúdios da CNN International, além de ter sua matéria exibida pelo canal.

Mais informações, acesso o blog do concurso.

Palestra J.Orihuella: jornais estão sempre em crise

Palestra de Jose L. Orihuella ministrada no último dia 16 de abril, em Quito. Tema: como as pessoas estão se tornando narradores dos próprios fatos que presenciam mais do que testemunhas oculares da história.

Nessa crise do jornal, ouvimos explicações absurdas, como aquela que afirma que os jovens não lêem jornais porque, em geral, não lêem mais. Ora hoje os jovens lêem e escrevem mais do que nunca. O problema é que escrevem e lêem em outros lugares.

Cabe ao jornalismo escrever numa linguagem mais próxima às pessoas, mais ligado ao cotidiano das pessoas.

Acho importante essa análise do Orihuella, seu esforço de demonstrar essa transição de testemunha à narradores. Ele começa sua análise ao mostrar centenas de pessoas capturando imagens, através de aparelhos celulares, da festa de posse do Obama.

[youtube=[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=FigkC2IEbHc&hl=pt-br&fs=1]]

enfim, o primeiro especial no jornalismo online capixaba

Saiu, enfim, o primeiro especial de jornalismo online capixaba. Especial sobre a Festa da Penha, do gazetaOnline. O hotsite tem um link tosco, o design é mega conservador, mas o esforço de colocar algo multimídia é superlegal. Tomara Deus que tenha conteúdo exclusivo online, para que se supere rapidinho aquela velha prática chupa-cabra dos conteúdos do papel.

É isso.

jornalismo de verdade

Para aqueles que ficam só enchendo o saco e detonando o jornalismo, leia matéria de Eliane Brum. Um trechinho de matéria de raxar o coração:

Esses dois filhos dão a Ailce as duas pontas com as quais ela amarra o final de sua vida. Marcos, funcionário de escola como ela, cuida das feridas do corpo. Aos 42 anos, é um homem quieto, que tranca as emoções em algum lugar entre o coração e o estômago. Ao entrar numa sala, ocupa um canto. Quando a mãe adoece, ele aprende a fazer os curativos e a limpar os drenos, administra seus remédios e prepara o café-da-manhã. Quando ela se torna mais fraca, passa a lhe dar banho. “Não fica com vergonha da mãe”, diz Ailce. “A mãe também deu muito banho em você”. É esse filho silencioso, com a coragem de enfrentar a carne da mãe, que transforma o horror da doença num carinho cotidiano. Pelo toque, ele torna possível para Ailce suportar um corpo em que a bile escorre no lado externo.

Ao igualar-se a um corpo infantil para vencer a interdição entre mãe e filho, Ailce assinala a perda do feminino nela. “O tumor me tirou tudo. Eu perdi peito, bunda, cintura, tudo”, diz. Ailce agora se preocupa cada vez menos com a nudez de um corpo que a trai de todas as maneiras possíveis. E que parece pertencer somente à doença.