Labic discute Deleuze e Foucault

Pois é, em julho, não há férias para quem pesquisa. Então o Labic/ufes [laboratório de estudos sobre Internet e Cultura] vai ativar seu grupo de discussão. O nosso foco será três textos filosóficos, 2 de Gilles Deleuze e 1 do M. Foucault.

Quem quiser participar é só passar no Cemuni 5, sala dos professores da Comunicação Social, no Centro de Artes, Ufes.

* 21 e 22 de julho, 9h30min:
Direito de morte, poder sobre a vida. Michel Foucault, in História da Sexualidade, v. 01

* 23 e 28 de julho, 9h30min:
I. De o Anti-Édipo a Mille Plateaux. Gilles Deleuze in Conversações.

* 29 e 30 de julho, 9h30min:
A memória como coexistência virtual. Gilles Deleuze in Bergsonismo.

Blogar com censura

Via GeneracionY, testemunho de como blogar é vital quando se estar sobre regime de censura.

Quando se ha vivido en medio de consignas, arranques voluntaristas de unos pocos y tareas obligatorias, el deseo personal se convierte en una meta a reconquistar.

Em Cuba, Yoani participa de uma itinerância de formação de blogueiros cubanos. Blogar é uma questão de militância. Porque possibilita a ampliação de muitas vozes, sobretudo, as dissonantes.

Yoani Sánchez e o surrealismo cubano

Yoani Sánchez, blogueira do GeneracionY, cubana, filósofa, tem passado poucas e boas no seu país. Lá, ter e manter um blog pode ser uma atividade que ameace à revolução, “ao papá”, como ela diz. Na última quinta, junto com Antonio Granado e o Tiago Dória, entrevistei-a no Itaú Cultural, no âmbito do Seminário Rumos Jornalismo Cultural.

A entrevista foi feita no calor de uma “situação surreal”. A Polícia, na véspera, a havia proibido de produzir o seu blog. E de sair de Cuba. “Desde março deste ano, o governo cubano colocou um filtro no meu blog para que não seja possível que se leia o blog em Cuba”, contou.

A blogueira revelou que a antipatia que tem o poder de ti  se deve ao fato de seus posts serem lidos em Cuba não só pela internet, mas também através de cópias impressas que são distribuídas no interior da ilha.

“Pela primeira vez os censores não podem deter um fenômeno informativo. A cada novo intento de censurar o meu blog, mais visitas ele acaba recebendo”, argumentou.

Quem quiser conferir, a entrevista na íntegra é só dá um pulo no blog do Tiago Dória. Tem também: o post da reprimenda da polícia a Yoani e a repercussão da censura à autora na blogosfera.

A Wikipedia que O Globo quer fechar

Como sou leitor diário do Globo Online, fiquei super curioso para ler a notícia Reclamação bloqueia Wikipédia alémã.

wikpedia-na-capa

A notícia narrava a retirada do site Wikipedia (alemão) do ar, devido uma ação judicial de um deputado comunista que se sentia prejudicado, em sua imagem, por um verbete da enciclopédia. Foi então que o leitor do jornal protestou na seção de comentários, dizendo que O Globo divulgava notícia falsa. O Wikipedia alemã estava online, sem problemas algum.

  1. Márcio Vinícius
    16/11/2008 – 22h 47m

    Esse artigo é um tremendo hoax! Leva o leitor a crer que a Wikipédia alemã (até onde eu sei só existe uma e ela está junto com a portuguesa, inglesa, holandesa, etc.) está fora do ar. Esse endereço que aí está não é nem nunca foi “uma página alemã da Wikipedia”, é um site falso, um phishing. A wikipédia alemã (ou em alemão, que seria mais correto dizer) está em http://de.wikipedia.org/ E a matéria não está explicando nada. “A versão alemã do site” seria um outro site?

Veja bem, esses leitores só atrapalham, né?

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120 anos de abolição e ainda lutamos por ela

Me sinto com a alma lavada com esse manifesto pró-cotas, no dia em que comemoramos 120 anos de abolição. Há trechos fabulosos, como este:

O discurso dos adversários das cotas não se caracteriza exatamente pela coerência. Primeiro, quando as cotas são constituídas a partir de uma lei estadual – aprovada por quase a unanimidade dos representantes do povo – sancionada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, os adversários defendem a autonomia universitária e recorrem à Justiça; quando essas medidas são adotas por conselhos universitários no uso de sua autonomia, eles novamente recorrem à Justiça. Dizem reconhecer que os negros são discriminados – portanto, identificáveis–, mas afirmam que não é possível identificá-los para fins de ação afirmativa. Argumentam enfaticamente que raça não existe, mas defendem a “democracia racial” (?) e a “miscigenação”, ou seja, a mistura das mesmas raças que sustentam não existirem. Ao mesmo tempo, negam que a miscigenação é uma multiplicidade de cores, de conhecimentos, de possibilidades criativas. Dizem que a educação é a solução, mas não se engajam com o mesmo vigor nas campanhas pela melhoria do ensino público e se mobilizam contra a democratização do ensino superior”.

Quem controla a Net?

Nas últimas aulas, estamos estudando a emergência e a natureza da web como ambiente comunicacional. Vimos que a genealogia da internet reside na ausência de comando, de controle (era uma forma dos militares mater em sigilo suas informações). Essa ausência de centralização stimulou uma geração a produzir a Web de forma anárquica, anônima e customizada.

Acontece que a estrutura física, o controle da infra-estrutura da rede, sempre esteve nas mãos do EUA, que são o xerife da rede. Agora os países europeus, latino-americanos e africanos estão se posicionando contra essa governabilidade norte-americana. A solução seria a criação de um Consleho Global da Internet, que cuidaria de refletir e atuar em áreas como o spam, o crime em rede etc.

Vale à pena a ler o noticiário sobre o tema:

Especialistas criticam controle dos EUA na gestão de internet
Europa insiste na democratização do controle da internet
EUA causam mal-estar ao dizer que mantêm controle sobre web

Celular no indicador

O dedo indicador, o popularmente chamado de fura bolo, serve como sabemos para muitas coisas… mas agora vai ganhar uma nova serventia: cabide de celular. É isto aí, em vez da mulherada guardar o aparelhinho na bolsa, vai usar como se fosse um anel. O celular foi apresentado em uma feira internacional sobre a questão digital.

Seguno site da UOl Tecnologia, “O usuário encaixa o aparelho no indicar, como um anel gigante, e leva-o ao ouvido. Segundo a empresa japonesa, é ideal para ouvir em locais muito barulhentos. O celular também recebe ordens (como ligar e desligar), pelos estalos dos dedos”.