.Notícia para Turma: Prova Final de Jornalismo Digital

Para quem está curioso em saber qual será o conteúdo cobrado para a prova final, já antecipo:

NEGRI, Antonio & HARDT, Michael. Pós-modernização ou Informatização da produção. Império. São Paulo: Record, 2002MIELNICZUK, Luciana. Sistematizando alguns conhecimentos sobre jornalismo na web. In: PALACIOS, Marcos & MACHADO, Elias. Modelos de Jornalismo Digital. Salvador: alandra, 2003, pp 39-54

LEVY, Pierre. A metáfora do hipertexto. As tecnologias da inteligência. São Paulo, Ediora 34, 1993, pp 21-75

Jornalismo: Impresso x Digital

Já havia colocado um post no blog de jornalismo impresso. Mas esqueci de postar aqui tb, já que o assunto vale para dois âmbitos. Vale à pena mostrar algumas transformações no impresso provocado pelo mundo digital:

Estão rolando alguns debates no SlashDot e a UOl traduziu um artigo interessante de um professor da Universidade da Califórnia. Alguns pontos merecem destaque:

1. A tendência dos jornais standard é caminhar para o formato tablóide. Há jornais que no final de semana se tornam tablóide. Questão de custo, pois as despesas crescem numa velocidade maior do que as receitas (verbas publicitárias).

2. Os jornais não estão satisfazendo novos leitores (que vivem no mundo da mídia on demand). Pessoas com menos de 30-35 anos preferem notícias online.

3. Está desaparecendo o leitor de 7 dias por semana.

4. Há uma proposta de experimentar uma linguagem impressa a partir do jornalismo digital. Ou seja, pensar em produzir noticiário a partir da seguintes questão: quais links poderiam estar associado a esta notícia?

5. Os jornais precisam parar de definir seu negócio como tinta sobre árvores mortas". Frase boa Eric Deggans. MOstra que os jornais precisam multiplicar suas formas de distribuir suas notícias. Não só ficar preso ao impresso. Uma saída seria fornecer on demand notícias online.

É pagar pra ver. Aliás, eu não pago!

O que a imprensa não deu e deveria dar

É a inauguração de uma nova seção. Chamará o que a imprensa não deu e deveria dar. Isso para provar que há como ter acesso a pautas e notícias boas varrendo o que está disponível em fontes de informação na Internet.

A p notícia vem da argentina. O governo de lá acaba de pagar a dívida que tinha com o FMI. Estão livres e parecem começar uma inflexão importante na realidade econômica e social. A notícia li num blog e está no Clarin.

São 9 milhões de dólares que serão retirados das reservas. O desendividamento é a marca do governo Kirshnei. Como aqui no Brasil tb.

"Usado, mas em bom estado"

Parece ser o lema do Labcom (laboratório de informática da Ufes), mas não é.Trata-se do slogan adotado por toda a redação de Western Daily Press para se vender no site de compra e venda Ebay. Os jornalistas foram demitidos, e então, como forma de protesto, entraram no mundo do icomerssi. Colocaram-se à venda, durante sete dias, por 1 libra com a seguinte redação publicitária:

"O ganhador deste arremate terá o direito de contratar a cada um de nós, desempregados, para produzir um jornal ao seu agrado. Este pode ser o começo do seu império midiático. Você está comprando jornalistas, fotógrafos, sub-editores, editores, designers, editores de fotografia e artistas gráficos. Todos do mais alto pedigree".

E aí você compraria? Por quê?

Autodestruição do SMS

Você já não aguenta mais aquelas mensagens SMS que lhe incomodam e ainda ocupam espaço na memória do celular? Pois é, isto vai acabar. A empresa britânica Staellium está colocando no mercado o recurso de aniquilamento das mensagens indesejadas 40 segundos após terem sido enviadas.

A notícia realmente é um alento. Destruir automaticamente SMS vai ser fundamental porque:

– nas campanhas eleitorais do ano que vem surgirá o mobile marketing. Trata-se de envio de publicidade eleitoral via SMS. Imagina você sendo entupido de mensagens do tipo "Vote no Alfredinho da Farmácia", ".. no Cabo Joaquim"…

– Vai se livrar daquelas mensagens de cobrança da sua operadora.

– Vai ter uma nova desculpa para dar para as pessoas: – Você mandou mensagem pra mim? Sério? Acho que o "celular" apagou então…

Entre outras coisas mais.

De novo… a televisão digital

Recebi um email da amiga e professora da ECO-UFRJ Ivana Bentes. Trata-se da carta aberta à sociedade brasileira sobre os rumos do debate sobre Televisão Digital no Brasil, produzido pelas associações que defendem e militam a favor da democratização da comunicação.

Sintetizando alguns elementos:

— Os jornais reduziram a potência da TV digital à melhoria na imagem. Quando, na verdade, a TV digital pode romper com a concentração de mídia, à medida que vai possibilitar que grupos e usuários tenham suas próprias TV´s, já que não será tão cara a tecnologia de transmissão de ondas.

— A televisão pode se tornar o eixo da inclusão digital. No Brasil somente 13% tem computador doméstico, enquanto 90%, TV. Ela passará a ser um computador com acesso a web. Logo, o usuário poderá ter acesso ao governo eletrônico, educação à distância, etc.

— O debate em torno da escolha do modelo (europeu, japonês, americano ou brasileiro) é falso. Investir em produzir um sistema genuinamente nacional é uma atitude provinciana, em parte. Há elementos técnicos nos outros modelos que já foram testados e têm êxito. Ao mesmo tempo que temos de qualquer jeito criar tecnologia nacional pois temos uma topografia diferente de outros países, logo, a tecnologia de transmissão de ondas tem de ser produzida por aqui mesmo. Agora a criação do modelo nacional se explica pela diminuição à dependência tecnológica e para fomentar uma indústria nacional.

— Novos sujeitos poderão produzir televisão, como sindicatos, universidades, movimentos sociais, ongs etc. Isto por conta da chamada multi-programação. Ou seja, um canal de TV poderá abarcar quatro (isso se não for adotada a alta definição). Os canais irão do canal 7 ao 69. Então é so fazer a conta e perceber a multiplicidade de canais a surgir. Isso é a porta para a democratização da comunicação.

— Os tubarões da mídia são contra o modelo nacional por diferentes motivos. Primeiro porque adotando os modelos estrangeiros, eles podem negociar direto com as grandes multinacionais da mídia, que são as proprietárias desses modelos (Sony, Phillips, Nokia, Motorolla etc). Segundo, porque temem que as teles passem a fornecer conteúdos interativos via TV digital. E aí como sabemos as teles têm muito mais grana: concorrência pode se tornar desleal. E terceiro: não querem concorrência de conteúdo com os atores sociais, como ongs e movimentos sociais.

— O ministro Hélio costa defende as grandes emissoras de TV. Em tudo. Inclusive, relega as inovações do modelo brasileiro. E já afirmou que é das emissoras que deve partir a escolha do modelo a ser adotado.

[ Saiba mais em: CRIS, ABONG, ABCOM, ABTU, CBC, FNDC ]

Avaliação dos Blogs: critérios

Adotei como critério de avaliação dos blogs as dicas de Nielsen sobre como evitar erros na usabilidade dos blogs. E também avaliei o blog pelos critérios de valor-notícia (principalmente, a capacidade de gerar novidades). A nota não será mostrada nessa seção, por respeito a privacidade de cada um. Só a avaliação do conteúdo dos blogs, já que isso pode servir como dicas para todos.Vocês podem me procurar hoje, 14/12, no IC II, onde ocorre o debate sobre TV Digital. Darei as notas dos blogs.

Avaliação Polimidia

1. Não há biografia do autor. [ Sem problema ]

2. Não há fotografia do autor. [ Tratem de providenciar. Humaniza a fala ]

3. Os títulos dos posts não descrevem seu conteúdo. [ Não há problemas ]

4. Os links não indicam claramente onde dão. [ Há vários posts em que há o link em uma palavra ou expressão, mas não está claro para onde vai. No post, "sobre a escuta telefônica, há um link (o grampo) que não está claro para onde o usuário vai, bem diferente do link observatório da imprensa ]

5. A freqüência de novidades é irregular. [ Bem atualizado, sem problemas ]

6. Os assuntos de que trata são variados demais. [ Bem focado no tema política e as relações com a mídia. Perfeito ]

7. Esquecer que você escreve para seu futuro chefe. [Procura fazer uma crítica que sai da dimensão panfletária. Falta mais produção "de rua", mas acredito ser esta uma fase a ser inaugurada. Criar matérias e furos próprios. Já começa a dar sinais disto com os posts sobre o Chile ].

8. Não usar clippagem. [Não há esse problema. São textos próprios de análise da mídia. Embora seja dependente do que a imprensa agende ] .

9. Não ter os links organizados. [ Como o blog é jovem, os links ainda não estão organizados em pastas. Contudo, há links de blogs da turma e já um início de linkagem com blogs do mesmo gênero do polimídia] .

10. Qualidade dos posts [ Começou a ficar vagalume, mas os textos sempre tiveram muitos comentários e provocam debates pertinentes ] .

11. Controle de audiência. [ OK ].

Blogo esporte

1. Não há biografia do autor. [ Não tem ]

2. Não há fotografia do autor. [ Não há ]

3. Os títulos dos posts não descrevem seu conteúdo. [ Na maioria das vezes não informa sobre o que contém o texto ]

4. Os links não indicam claramente onde dão. [ Não há links, na maioria, dos posts]

5. A freqüência de novidades é irregular. [ Ruim]

6. Os assuntos de que tratam são variados demais. [ Não há esse problema]

7. Esquecer que você escreve para seu futuro chefe. [Texto noticioso bem construído].

8. Não usar clippagem. [Há dependÊncia das notícias clipadas] .

9. Não ter os links organizados. [ Pouco, quse nenhum link] .

10. Qualidade dos posts [ pouco acrescenta em relação ao que sai no noticiário esportivo ] .

11. Controle de audiência. [ Não há ].

Traduzindo notícias

1. Não há biografia do autor. [ Não tem ]

2. Não há fotografia do autor. [ Não há ]

3. Os títulos dos posts não descrevem seu conteúdo. [ Na maioria das vezes não informa sobre o que é o texto ]

4. Os links não indicam claramente onde dão. [ Não possui esse problema]

5. A freqüência de novidades é irregular. [ Ruim]

6. Os assuntos de que tratam são variados demais. [ Bastante. É um carnaval de temas ]

7. Esquecer que você escreve para seu futuro chefe. [Apesar de muitos temas diferentes para opiniar, os textos seguem um padrão noticioso].

8. Não usar clippagem. [Há bastante] .

9. Não ter os links organizados. [ Poucos links] .

10. Qualidade dos posts [ Longos e desarticulados entre si ] .

11. Controle de audiência. [ Não há ].