Fala sério, Maurício de Souza!

O criador da Turma da Mônica, Maurício de Souza, disse, em nota, que a Magaly (do Youtube) não é a Magali da Turma da Mônica, mas uma oportunista precária que vive da Magali dele. Disse isso para concluir que a cópia mata aqueles que vivem da cultura. Copiar é tão criminoso que a própria “turminha” tem o Ronaldinho e o Pelezinho, né, Maurício? Veja como a cópia mata a cultura!!

A Magaly do Youtube é apenas um dos inúmeros mashups da Magali da banca. Além de apresentar a Magali para aqueles que nunca a leram, a Magaly da internet mostra outras coisas:

1) a contribuição do “amador” para a dança. Há um batalhão de DJs/VJs e um batalhão de coreógrafos de olho nesse corpo amador que se expressa em vídeos amadores. Em certo sentido, o mashup demonstra como não é tão difícil desmontar o pastiche que são essas dancinhas dos ídolos pop.

2) O mashup precisa ser um direito hoje.  A nova lei dos Direitos Autorais, que a ministra Ana do Ecad retirou da Casa Civil, prevê e garante a generalização dessa prática da recombinação, típica da linguagem das novas mídias.

3) um hit da internet pode servir de objeto para outras criações, quando não gerando mais faturamento para outros  (a indústria cultural) do que para o próprio original (nós, os cidadãos idiotas).

Sobre esse terceiro aspecto, assista seguir um vídeo bem legal de uma executiva do Youtube sobre a relação entre mashup, criação e indústria. E veja o que efetivamente deve ser o verdadeiro problema do “direito autoral” nas novas mídias: como nos remumenar pelo trabalho de fazer o transmedia que tanto as indústrias culturais desejam.


PS: Pedro, meu filho, é assinante da Turma da Mônica. Disse-me que sabe que a Magaly não é a Magali. Porque esses bonecos são tudo “gente dentro”. Pedro tem 7 anos.


“Painel de controle”, um ebook sobre controle, imagem e tecnologia

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“Pocos reconocen realmente que el ordenador no nació
de la era de la información sino de la era del espectáculo” (Alex Galloway)

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Um boa referência para quem curte estudar imagem e sociedade do controle é o ebook “Painel de controle”, em espanhol. O blog dessa turma que produziu o livro também é bem interessante. Li o artigo sobre Videovigilância como gênero, uma reflexão sobre o uso das imagens de videomonotaramento na produção de ficção e na participação do universo midiático. E também a ótima entrevista dessa turma com o Alex Galloway (galloway@nyu.edu). Um bom momento desse ping pong: Galloway faz crítica aberta a Barábasi. Traduçãozinha (bem livre mesmo):

Por que Barabási tem tantos desejos de proibir a organização rizomática? Qual é a forma arquitetônica do poder e como a afirmação de Barabási ajuda a naturalizar esse poder? No final, sou levado a perguntar não qual rede temos, mas qual rede desejamos. Há uma certa retórica ingênua em torno da liberação das redes, a antihierarquia, “a informação quer ser livre” e todas essas coisas.  Mas Barábasi indica é o contrário disso: não queremos que as redes sejam livres gastamos toda a energia em aboli-las através de uma avalanche de reorganização retrógradas, piramidal. A partir disso, então o problema principal, para utilizar uma terminologia psicoanalítica, é que as novas mídias são fundamentalmente sádicas, quando de fato as tratamos como se fossem masoquistas. Este é o problema fundamental do desejo hoje. Mas, para além deste método clássico de “crítica da ideologia”, também noto que Barabási oferece uma resposta muito reacionária a uma pergunta muito progressista.  Não é bastante conveniente que esta nova tecnologia se pareça com as redes corporativas ou inclusive monárquicas descentralizadas e centralizada de outrora? De novo me parece que este enfoque carece totalmente de imaginação. No lugar disso, eu coloco a seguinte pergunta: Como pode a rede distribuída, em si, oferecer uma forma nova de organização e controle, sem recorrer aos anacrônicos (mas familiares) diagramas? Responder a esta pergunta significaria encarar de maneira direta a essência sádica das novas mídias. Mas Barabási responde a esta pergunta com um gesto de desdém: o que se acreditava ser um rizoma é de fato uma árvore! Quanto mais ratificada se vê essa sua afirmação nos estudos de teoria dos grafos e modelos matemáticos, mais ela se reduz a uma pura projeção de fantasia. No lugar disso necessitamos de anti-histórias totalmente novas da tecnologia, histórias da tecnologia desde o olho do furacão.

Biopoder e a fábrica social

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O que a ciência nos entrega é uma grande sabotagem social.
(Antonio Negri)
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Antonio Negri insiste em demonstrar que a conceituação sobre biopolítica é ambígua. É, de um lado, a vida como objeto de governo; mas, de outro, a vida que não se oferece plenamente como dominada, abrigando toda a generalização da resistência. Isso – a ambiguidade – não se revela como dual, mas interior às próprias dinâmicas da vida subsumida ao poder: “toda dominação é sempre também uma resistência”, cutuca Negri em La fabrica de porcelana, p.46). Temos aí toda a filosofia política do antagonismo muito presente na obra do italiano. Só para reforçar: antagonismo negriano não tem pretensão de criar sínteses dialéticas. Só há derrotas e vitórias.

Em Negri, a análise da biopolítica é desenvolvida no marco da subsunção real do trabalho no capital, o que significaria dizer que não há mais tempo da vida, um tempo fora da relações de produção capitalística, porque “o tempo de trabalho inundou o tempo da vida”. De forma que toda nossa linguagem, nossa corporeidade, nossa comunidade, enfim, tudo aquilo que antes se dizia como campo da reprodução é  o locus preferencial da mercantilização e da captura dos capitais. A vida toda é mercantilizada, não importa sem em bytes ou se em átomos.

Não é dificil evidenciar que o  terreno da reprodução é hoje um locus produtivo de valor.  É só se debruçar sobre o conflito entre grandes corporações tecnológicas (Google, Facebook, Apple etc) para testemunhar como boa parte delas se dedica a fabricar máquinas imersivas por onde a vida passa e se fixa nos termos e códigos de uso de suas plataformas 2.0. Máquinas que hospedam a vida na forma de “status”, curtições, “atualizações”, “preferências”, “posts”, fotos, recados, testemunhos, enfim, modos de vida que estão cada vez mais dentro da dinâmica desse poder revitalizado do capitalismo 2.0 (veja toda a polêmica sobre a apropriação de dados privados então saqueados por agentes instalados nos ambientes do Facebook, Google,Twitter etc).

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A história da internet em seis décadas

Muito útil para quem é professor de novas mídias. Trata-se de um ótimo infográfico multimedia que mostra seis décadas de internet. Claro, a internet é de 1969, mas o infográfico revela os acontecimentos pré-internet. Além de texto, há vídeos, fotografias e tudo que necessitamos para demonstrar a recente história da rede.

Tim Berners-Lee e o futuro da web.

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O criador da web conta como surgiu o o invento que transformou a maneira de uso da internet. Uma influência para criar a web teve a ver com a convivência de Berners-Lee com computadores diferentes no laboratório onde ele trabalhava como engenheiro de software. Essa diferença de linguagens o estimulou a criar um protocolo comum de acesso aos documentos virtuais existentes neles. “Dados são relacionamentos”, destaca.

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Governo 2.0 não significa marketing nas redes sociais

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Márcia Rodrigues, da Revista Capital Público, me telefonou, mandou as questões por email e saíram essas respostas abaixo sobre o tema do governo eletrõnico & web 2.0. Não sou especialista em “governo”, mas dei meus pitacos. Uma forte referência para eu responder isso tudo aí embaixo foi o post Gov 2.0: It’s All About The Platform, que resume as ideias de Tim O´Reilly sobre o governo eletrônico 2.0. Uma dica adicional para quem curte o tema é seguir o RSS da tag gov2.0 no Delicious.

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Os governos no Brasil (federal, estaduais, municipais) já têm uma razoável presença na web. Porém, pouca expressão na web 2.0. Quais o senhor acredita que sejam as maiores limitações para uma presença pública mais efetiva nas redes: técnicas?

O governo eletrônico no Brasil é ainda restrito à concepção unilateral da comunicação online. Ainda sobrevive a concepção do acesso ao usuário, que se traduz em plataformas onde só o governo comunica. Nos idos dos anos 90, de fato, era vital os governos disporem aos cidadãos de toda gama de serviços para os indivíduos usarem. E isso ainda de forma top-down. Contudo, depois da virada participativa da web, o cidadão quer governar junto. E para proporcionar essa união de maneira completa, a maior limitação dos governo é, primeiro, de cunho ideológica: romper com a visão autoritária de quem tem poder é somente quem governa. Segundo, pensar a comunicação para além do caminho das mídias de massa. Boa parte da dificuldade técnica dos assessores de comunicação tem a ver com o fato de hoje secretários ou técnicos de governo usarem o Twitter sem o “consentimento” da equipe de comunicação. Os assessores não sabem muito bem como funciona uma rede social, porque foi martelado neles que seu principal conhecimento é fazer media training e relise. A cultura do sigilo, típico do autoritarismo informacional das relações públicas, é algo que reduz a capacidade de governar junto com. Mas só isso não explica essa limitação dos governos com as redes sociais. O maior problema de evitá-las – com o cúmulo do absurdo delas serem proibidas nas repartições públicas – é que a política de branding não é possível ser totalmente controlada, porque não há como fazer, de forma geral, na internet, a velha estratégia da matéria paga ou da submissão lambe-botas à imprensa.

Em sua visão, todos os órgãos públicos, sem exceção, devem estar na web, ou isso não é necessário/desejável? Por quê? E na web 2.0? Por quê?

Todos. Porque a informação pública precisa estar sob domínio público. Essa história do sigilo será cada vez mais fácil de se ultrapassar, por causa dos próprios mecanismos de controle criados pelo poder nos últimos anos. Cartões corporativos, telefones móveis, emails, palm´s, tablets, internet, softwares de textos, planilhas, protocolos, etc  são profundamente contaminados por dispositivos que deixam registros digitais e identificam tudo da vida (e da linguagem) das pessoas e instituições. É uma forma de controle absoluto sobre o social (daí a forte crítica à chamada sociedade do controle). Porém, depois do Wikileaks, a sociedade é encorajada a utilizar esses mesmos mecanismos para democratizar as informações. Trata-se de fazer um big brother ao revés. E veja que o curioso é que essas práticas começam a tomar contornos eleitorais, beneficiando candidatos que têm comportamentos de diálogo na rede. A transparência será cada vez mais um valor democrático reinvindicado pela população e, se atendida, beneficiárá governos, políticos, empresas e formadores de opinião.  Já há, como o caso da Inglaterra, em que os governos estão disponibilizando seus banco de dados para que a própria sociedade façam análises estatísticas ou de visuailzação de dados. É o chamado “open government”, uma forte tendência de governo eletrônico. De posse de banco de dados sobre despesas nos últimos 30 anos,  por exemplo, um programador pode criar alguns algoritmos que demonstrem os períodos de maiores gastos e fazer nexos com fenômenos que estão em outros bancos de dados, como o de volume de chuva no período, e identificar quando e por que se gasta com enchentes etc. Enfim, doar os bancos de dados faz o governo penetrar na chamada inteligência coletiva e governar com mais eficiência. Há um lema fantástica no movimento ligado à cultura colaborativa da internet que um governo 2.0 pode adotar: “muitos olhos, poucos erros”.

Como os gestores de órgãos públicos que queiram aproveitar todo o potencial de interação e geração de conhecimento trazido pelas redes sociais podem começar a fazê-lo? Existe um caminho mais indicado?

Primeiro de tudo.: criar política desenvolvimento de serviços tecnológicos. Se quisermos fazer uma política séria no campo das novas mídias, o correto é criarmos uma política forte de desenvolvimento de tecnologia de informação que democratize não só a informação, mas as deciões políticas. Não se trata de criar tecnologias para a burocracia interna, mas para a comunicação externa com os cidadãos: aplicativos para tablets, telefones celulares, streaming de vídeos, redes wi-fi, enfim, criar tecnologias é a principal estratégia de um governo 2.0.

O outro caminho é fazer jus ao lema da internet: “faça você mesmo”. Empoderar os funcionários para que eles criem suas conta pessoais no Twitter, no Facebook, noTumblr, no WordPress. Porque a rede rompe a cultura da permissão, da intermediação. Então o gestor precisa ter a a sua própria mídia. As pessoas me indagam: “mas eu não tenho o que escrever!”. Eu respondo: diga apenas “bom dia” aos seus amigos online. Daí as pessoas começam a rir. Nós participamos diariamente da esfera pública, com nossas opiniões e afetos. É impossível não termos o que escrever ou falar. Somos tão disciplinados na concepção que o outro sabe mais, que somos apenas receptores, que criamos uma fantasia que não temos história, não temos saber, não temos vivências. Então, é importante os governos serem mais democráticos e liberar os gestores a terem seus próprios canais de comunicação. Sei que a realidade da maior parte do Estado brasileiro é de falta de capacitação dos técnicos e gestores em novas mídias, vistas como um enigma e com muita dificuldade cognitiva (sobretudo porque novas mídias demandam do usuário forte processo de alfabetização). Mas, você, gestor, comece atuando pequeno na rede e cresça aos poucos. E se você tiver alguma dúvida, digite no youtube o que você busca. Lá tem vídeos de passo a passo de tudo, desde como fazer um perfil no twitter a como cozinhar um arroz sem deixá-lo queimar. Foi heidegger que disse: “comunicar é se libertar”. Então, a internet está aí para isso.

Quais os passos que devem anteceder a entrada dos governos nas redes sociais? O que é preciso considerar antes de começar?

Os governos precisam compreender que um governo 2.0 não significa ficar respondendo usuário, republicando as coisas lindas que internautas tecem sobre seus governantes e menos ainda divulgar a agenda diária dos líderes. Um governo 2.0 é criador de tecnologias. Mais ainda: de serviços tecnológicos. Então o desafio maior hoje é que os governos olhem para essa ecologia nova de comunicação e perceba que os cidadãos querem tecnologias mais próximas de suas necessidades. Desenvolver serviços tecnológicos: aplicativos para mídias móveis, softwares educacionais, canais em mídias e redes sociais, redes wi-fi públicas, enfim, todo um conjunto de serviços que ajuda no dia a dia do cidadão. Essa coisa de ficar fazendo marketing em redes sociais é cafona. Cidadão quer ter, no seu Ipad ou “Iclone”, um aplicativo que mostra suas dívidas e pagá-las ali mesmo no tablet. Cidadão quer ter, no seu celular, um aplicativo com as aulas que ele assiste na escola ou na faculdade (coisa mais barata é transmitir ao vivo aulas e dispô-las na internet). Cidadão quer ter, no seu netbook, o canal do MSN da equipe especializada em mídias sociais da defesa civil, para caso aconteça uma enchente, poder se comunicar com o órgão, em tempo real. Cidadão quer mandar torpedo para o número do celular com as fotos de pneus velhos que estão no meio de uma rua qualquer, ajudando o departamento de serviços urbanos a cuidar da higiene da cidade. Cidadão quer governar, e não ser objeto de spam eleitoreiro.

Quais são, a seu ver, os maiores desafios impostos aos governos das três esferas pela crescente penetração e popularização das redes sociais?

Ser desenvolvimentista tecnológico. Criar serviços, plataformas, aplicativos, tecnologias de informação que ajudam no cotidiano da população que, a cada dia, depende e usa mais computador e dispositivos de comunicação móvel. Ser transparente, o que equivale, na prática, tornar público todos os processos decisórios do Estado. Não se trata de utopia, mas de uma demanda social crescente: pôr fim à cultura do esconder informação e à prática nefasta da espionagem alheia. Ser aberto, isto é, tornar abertas todas as suas bases de dados. Ao fazer isso, com certeza, toda uma produtividade ligada à inteligência coletiva florescerá e gerará mais valor a essas bases, através de técnicas refinadas de mineração de dados. É muito comum, por exemplo, várias empresas criarem aplicações que potencializam os dados dessas bases. Siga o exemplo do Twitter, tornou público o seu segredo de fabricação e fez surgir todo um conjunto de inovações como twitcam, Twitpic, Hootsuite, enfim, uma gama de produto que só fortalece a marca Twitter. Ser comunicativo nas redes e mídias sociais, atuando na produção de informação que auxilie as decisões, em tempo real, de seus cidadãos, bem como incorporando dados e inovações geradas pelos usuários e comunidades dessas redes. Há um caso fantástico da importância de um governo atuar bem nas redes sociais. Obama e a reforma da saúde. Ele criou uma plataforma online para debater o projeto da reforma com os cidadãos americanos. Com isso, ele criou bases sociais de sustentação para a democratização da saúde pública nos EUA.

O que antevê para o futuro? A web 3.0 trará novas mudanças para as instâncias de governo? Quais?

O futuro já ocorre. E se chama mobilidade. Então os governos precisam ser mais nômades, como a tecnologia de tablets, netbook e telefones celulares. Imagina vc ter um aplicativo do Acervo Histórico da sua cidade dentro do seu celular? Imagina as crianças poderem ter um aplicativo, em seus celulares, com seus livros didátivos interativos? Os governos precisam urgentemente abrir concurso público para desenvolvedores de aplicativos de mídias móveis, abrir concurso para analista de redes sociais, de produtor de conteúdos via streaming (ao vivo). Aposto que, se fizer isso, em pouco tempo, a relação com os cidadãos se alterará para melhor. Só para lembrar; o Brasil tem 240 milhões de celulares circulando no mercado. Apesar das altas tarifas, a mobilidade já faz parte do cotidiano de todos os brasileiros.

4 motivos para escrever, por George Orwell

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Num texto ótimo, George Orwell afirma que todo escritor possui quatro motivos para escrever em prosa. Esses motivos existem em diferentes graus em cada escritor. Para mim, sua teoria vale nao somente para escritores profisionais, mas para blogueiros de todo tipo. Orwell confessa que seu ponto de partida é sempre um sentimento de partidarismo ou de injustiça. “Quando me sento para escrever um livro, eu não digo para mim mesmo: ‘Eu vou produzir uma obra de arte’. Escrevo porque existe alguma mentira que eu quero expor”. Massa! Seguem aí os quatro motivos presentes em qualquer escrita literária.

1. O egoísmo (eu sou muiiiiitoo importante para o mundo).

Desejo de parecer talentoso, de ser comentado, de ser lembrado após a morte… Os escritores sérios, eu diria, são mais vaidosos e egocêntricos do que jornalistas, embora menos interessados em dinheiro.

2. Entusiasmo Estético. (todo mundo que escreve carrega palavras que chamam e lhe apelam)

A percepção da beleza no mundo exterior, ou, por outro lado, em palavras e seu arranjo correto. Prazer no impacto de um som em outro, na firmeza da boa prosa ou no ritmo de uma boa história. Desejo de compartilhar uma experiência que se sente que é valiosa e não deveria ser desperdiçada.

3. Impulso histórico. (meninos, eu vi. E foi assim)

Desejo de ver as coisas como elas são, para descobrir os fatos verdadeiros e guardá-los para o uso na posteridade.

4. Propósito político. (esse é o melhor caminho e não pense desta maneira, mas desta)

Usar a palavra “político” no sentido mais amplo possível. O desejo de conduzir o mundo a uma certa direção… Mais uma vez, nenhum livro é genuinamente livre de viés político. O parecer de que a arte não deve ter nada a ver com política é em si uma atitude política.

Mídias sociais e sua vida profissional

Entrevista que concedi a Gabriely Sant´anna e Juliana Rodrigues, para publicação interna do Banestes.

O que a entrada em uma mídia social pode agregar na minha vida profissional? Existem alguns conselhos para aproveitar essa participação ao máximo?
A entrada no mundo das midias sociais significa, primeiro, a possibilidade de criar um networking. Mas exige, para isso, que o indivíduo se paute na construção de uma boa reputação online, o que significa que nao precisa ser um garoto comportado, mas crítico. O conselho maior é atuar em correntes de opinião e ser gerador de conteúdos relevantes.

Quais as principais gafes cometidas na rede? Como evitá-las?
Brigas online, apesar de todo mundo já ter entrado em alguma, é gafe na certa. A maneira de evitar uma gafe é tomar um ansiolítico, rs. Brincadeiras à parte, o bom é tentar manter a ansiedade de querer clicar, replicar e dar reply para qualquer coisa.

Um contato profissional me chamou para ser amigo no Facebook ou está me seguindo no twitter. É indelicado recusar?
Não é indelicado. Em redes menos imersivas, como o Twitter, a opção de não ser seguidor do contato profissional é melhor aceita, à medida que o Twitter funciona pela lógica do interesse temático. Jà em redes como Facebook, a situacao é mais delicada, sobretudo,  porque suas mensagens podem ser lidas, indiretamente, por aqueles que são amigos de seus amigos. Todo mundo que entra em redes de relacionamento sabe que será vigiado por pessoas que não curte muito. Então nesses lugares é melhor adicionar o amigo chato. E se pautar sempre por ser transparente. Sem muitos exibicionismos.

Devo fazer algo se eu souber que um colega está fazendo comentários inapropriados nas mídias sociais, não necessariamente relacionados à nossa atividade?
Se é algo que lhe difame, tens todo o aparato jurídico para recorrer.

Quase todas as pessoas que eu conheço estão em mídias sociais. Devo ingressar também ou serei excluído?
Será excluído. Ingresse. Mas, se for para entrar e não participar, a exclusão será ainda maior. Mídias sociais podem revelar aos outros talentos teus que poucos notam.

É errado twitar enquanto estiver participando de uma reunião ou solenidade, mesmo que o assunto seja relacionado ao evento?
Não. Tenha como ética o interesse público daquela atividade. Se for algo que diz respeito a meia dúzia de gente, é melhor ficar invisível, como no gmail. :)

Se pudessemos reduzir a netiqueta em apenas um tweet (texto em até 140 caracteres), qual seria?
Quanto maior o interesse público, maior sua responsabilidade na hora de divulgar as informações. Mas sem achar que vc é a notícia.

1.O que a entrada em uma mídia social pode agregar na minha vida profissional? Existem alguns conselhos para aproveitar essa participação ao máximo?

A entrada no mundo das midias sociais significa, primeiro, a possibilidade de criar um networking. Mas exige, para isso, que o indivíduo se paute na construção de uma boa reputação online, o que significa que nao precisa ser um garoto comportado, mas crítico. O conselhoo maior é atuar em correntes de opinião e ser gerador de conteúdos relevantes.

2. Quais as principais gafes cometidas na rede? Como evitá-las?

Brigas online, apesar de todo mundo já ter entrado em alguma, é gafe na certa. A maneira de evitar uma gafe é tomar um ansiolítico, rs. Brincadeiras à parte, o bom é tentar manter a ansiedade de querer clicar, replicar e dar reply para qualquer coisa.

3. Um contato profissional me chamou para ser amigo no Facebook ou está me seguindo no twitter. É indelicado recusar?

Não é indelicado. Em redes menos imersivas, como o Twitter, a opção de não ser seguidor do contato profissional é melhor aceita, à medixa que o Twitter funciona pela lógica do interesse temático. Jà em redes como Facebook, a situacao é mais delicada, sobretudo,  porque suas mensagens podem ser lidas, indiretamente, por aqueles que são amigos de seus amigos. Todo mundo que entra em redes de relacionamento sabe que será vigiado por pessoas que não curtem muito. Então nesses lugares é melhor adicionar o amigo chato. E se pautar sempre por ser transparente. Sem muitos exibicionismos.

4. Devo fazer algo se eu souber que um colega está fazendo comentários inapropriados nas mídias sociais, não necessariamente relacionados à nossa atividade?

Se é algo que lhe difame, tens todo o aparato jurídico para recorrer.

5. Quase todas as pessoas que eu conheço estão em mídias sociais. Devo ingressar também ou serei excluído?
Será excluído. Ingresse. Mas, se for para entrar e não participar, a exclusão serà ainda maior. Mídias sociais podem revelar aos outros talentos teus que poucos notam.

6. É errado twitar enquanto estiver participando de uma reunião ou solenidade, mesmo que o assunto seja relacionado ao evento?
Não. Tenha como ética o interesse público daquela atividade. Se for algo que di respeito a meia dúzia de gente, é melhor ficar invisível, como no gmail. :)

7. Se pudessemos reduzir a netiqueta em apenas um tweet (texto em até 140 caracteres), qual seria?

Quanto maior o interesse público, maior sua responsabilidade de divulgar as informações. Mas sem achar que vc é a notícia.

Os 10 tweets de maior repercussão em 2010

Para quem ainda não viu: os 10 tweets do ano de 2010: Haiti, Copa do Mundo, Golfo do México, foram alguns dos temas preferidos. Repare lá que os maiores acontecimentos de 2010 no Twitter envolveram entretenimento, política e desastre social.  Todos eles obtiveram repercussão na cena midiática. E, em todos os casos, a opinião se constitui de forma compartilhada e entrelaçada à imprensa, ora para atestar a veracidade das informações jornalísticas, ora para contestá-las.

Via Yearinreview.