Liberdade e Cooperação

Ótimo livro, de Yochai Benkler, com ótimos artigos: The Wealth of Networks. How social production transforms markets and freedom. Trata-se de uma discussão sobre o modo de produção econômica do modelo open source.O que achei de mais interessante é a forma de difundir o livro. O autor produziu uma página em wiki, em que o usuários podem fazer download do livro (que também é vendido na Amazon), produzir um resenha coletiva do livro, compartilhar exemplos que ilustram a teoria do livro entre outras coisas mais. Um dos papas da Internet, Lawrence Lessig, colocou o livro entre os 10 mais importantes sobre o tema desde a década de 90.

A publicação tem licença Creative Commons.

[Dica do blog de Juan Freire]

YouTube e a Riqueza de Vídeos

Sei que é chato dar uma de indicar Favoritos. Mas como sei que tem muita gente que ainda não conhece esse site, vale à pena conhecer o YouTube. É um site-álbum para vídeos. Nele vc pode arquivar seus vídeos favoritos, fazendo a sua classificação (tags). É ótimo para encontrar material audiovisual de qualidade e bastante experimentação de todo lugar do mundo. Além de algumas tolices (como cenas do quadro da banheira do Gugu). É tudo "de grátis".O site recebe 35 mil novos vídeos, diariamente. A maioria de 30 a 150 segundos. Para não se perder em meio a tantas alternativas, o visitante encontra sugestões em uma barra no topo da página. Ela classifica o conteúdo como "Mais Recente", "Mais Vistos" e "Mais Discutidos", entre outros. Além disso, quando seleciona um vídeo, o usuário tem acesso à classificação do conteúdo (de uma a cinco estrelas) e uma lista de conteúdo relacionado.

O jornalismo para o Google

Assunto abordado por Enrique Dans: está rolando uma praga na edição de texto: a escrita direcionada para motores de busca. Explico: como podemos monitorar a audiência online, recebemos diariamente usuários que encontra este blog após uma pesquisa (por palavra-chave) nos motores de busca, como Google, Yahoo etc. Assim temos como saber quais foram essas palavras-chaves, logo, podemos intensificar posts sobre esses temas, ganhando ainda mais o "olhar dos motores de busca".Assim, se eu noto que sempre recebe usuário, vindo de resultado de busca no Google utilizando a palavra "televisão digital", começo a escrever mais a palavra (tanto nos títulos com no corpo do texto) em post sobre o tema ou não. Isto faz com que eu receba uma avalanche de usuários.

A questão se revela um problema, já que coloca na pauta do dia para quem escrevemos: para o usuário ou para o Google?

Minha opinião: Tenho notado – monitorando a audiência daqui – que os usuários deste blog está cda vez mais vindo do Google, contudo, estes ficam muito pouco no blog. Coisas de segundos. Logo, não podemos perder o foco original da blogosfera: produzimos para um público primário: a nossa comunidade. Neste casos, meus alunos e meus amigos. O que vier é lucro: tem haver com a credibilidade das informações e dos debates que circulam por aqui.

Os rumos da propaganda

Para aonde vai a propaganda após o advento da televisão digital? Muita gente se pergunta sobre isto, já que o telespectador digital terá a oportunidade de assistir seus programas favoritos sem os reclames. Um bom artigo sobre o tema foi publicado no Webinsider e é assinador por Sandra Jonas.

"O comercial de televisão, da forma como o conhecemos, fatalmente minguará. Seu formato vem perdendo apelo desde que surgiu o controle remoto. As pessoas não têm que assistir; elas simplesmente optam por fazê-lo. Imaginem como será, agora, que o número de canais será muito mais elevado?"

O debate sobre Creative Commons

Em excelente artigo (em espanhol), titulado de A Licença Creative Commons: uma alternativa ao copyright?, Raquel Plantada defende a tese de que o Creative Commons não se opõe ao direito autoral, mas as leis que regem a propriedade intelectual, que se tornaram – na minha opinião – um empecilho a produção de inovação e conhecimento.Tal como o software livre, o Creative Commons defende a propriedade intelectual do produto negando propriedade do produto intelectual. O produto é livre, mas o autor do produto é preservado.

Vale a leitura. Li no post do blog Ecuarderno. Baixei o artigo, li e gostei muito.

crise da mídia ou mídia da crise?

Como sabemos o país ainda vive uma situação de crise permanente. Só não sabemos se a crise é mais midiática do que real. Assim, a Escola de Comunicação se adiantou e vai discutir o tema da midiocracia.Devo estar no evento. Cobrindo e postando aqui no blog. Isto se meu dente deixar. Puts! Voltei do dentista com muita dor. E o pior serão cinco sessões com a minha dentista.

Acho quem quiser participar deve se mobilizar comos alunos do 4º período. O evento vai ser quente, muito quente. Tem de José Dirceu a Franco Bifo (intelectual e militante do ciberativismo).

O esquisito é ver o Ricardo JKotscho representando a Rede Globo. Isto dói, né. O cara foi o secretário de imprensa do GOverno Federal e é amigo do presidente Lula. Não sei qual é da relação dele com a Globo. Mas o cara é ótimo.

Conheço vários locais no RJ que a hospedagem é boa e quase de graça.
Quem quiser ir, conversamos aqui ou face to face.

Dia 26 (quarta)
10h/13h – Midiocracia
Como a democracia se constitui em aliança, conflito e composição
com os meios de Comunicação. Democracia pela mídia e governo dos meios
de comunicação.

Palestrantes:
Wanderley Guilherme dos Santos – Cândido Mendes
José Dirceu, ex-ministro
Paulo Henrique Amorin , TV Record
Ricardo Kotscho, Globo/Universidade
Giuseppe Cocco -Rede Universidade Nômade e UFRJ
Mediador: Sérgio Sá Leitão (MinC)

13h – Intervalo

14h – Apresentação de Projetos de Midiativismo:
Teatro do Oprimido, Apresentação de filmes e vídeos
curtos sobre Mídia, Apresentação de Projetos de Comunicação

15h/18h – Midiativismo
Os novos intelectuais e atores políticos que utilizam a mídia e suas
linguagens como forma de ativismo político e estético. A política do
simbólico.

Palestrantes:
Franco Berardi – Rekombinant e Universidade de Bolonha
Raul Sanchez – Universidad Nomada de Madrid
Wallace Hermann – Rádios Comunitárias
Geo Brito -CTO e Universidade Nômade
Giuliano Bonorandi – Ação Cultura Digital e Rádio Interferência

Mediadora: Tatiana Roque – Rede Universidade Nõmade e UFRJ

Dia 27 (quinta)
10h/13h- A Mídia da Midia
Como a mídia vem cobrindo temas que afetam seu próprio negócio: a TV Digital, Ancinav, a Lei Geral de Comunicações, Softwares Livres, etc.

Palestrantes:
Gabriel Priolli – Televisão América Latina (TAL)
Diogo Moyses – Rede Intervozes
Sérgio Amadeu- Faculdade de Comunicação Cásper Líbero
Manoel Rangel – Diretor da Ancine
Mediador: Esther Hanburguer (USP e Folha de São Paulo)

13h Intervalo
14h – Apresentação de Dossiês, materiais na internet, capas de revista,
sobre a cobertura e imagens da mídia dos temas debatidos, emissões de Rádio

15h/18h – NegroAtivismo
Como a mídia vem cobrindo temas polêmicos como as cotas, a bolsa família e
as políticas de discriminação afirmativa. Mídia Negra

Palestrantes:
Muniz Sodré – ECO e Biblioteca Nacional
Alexandre Nascimento – PVNC e Rede Universidade Nômade
Júlio César Tavares – UFF
Marcio Alexandre, Revista Afirma
Jeferson De – Movimento Dogma Feijoada
Edson Cardoso – Jornal IROHÍN
Mediador: Márcio André, Rede Universidade Nômade

Dia 28 (sexta)
10h/13h – Mídias de Resistência
Como os movimentos sociais, Ongs, terceiro setor e sociedade civil fazem midia

Palestrantes:
Dojival Vieira – Afropress
Joaquim Palhares -Agência Carta Maior
Celso Horta, CUT
Claudia Cardoso – Midi@ética
Romano, RadioAberta
Ericson Pires, Hapax e Rede Universidade Nômade
Mediador: Giuseppe Cocco – Rede Universidade Nômade e Revista Global

13h- Intervalo

14h – Intervenções estéticos-midiáticas, emissões de Rádio,video, etc.
Exibição de vídeos da CUFA, Afroreggae, Cia Etnica de Dança, clips-favelas

15h/18h – Comunicando as Favelas
As Imagens das favelas na mídia e a produção cultural, audiovisual,
midiática dos movimentos saídos das favelas e periferias

Palestrantes:
Jailson de Souza – Escola Crítica de Comunicação Popular da Maré
Carmem Luz – Cia Étnica de Dança
Nega Gizza, CUFA
Écio Salles – Afroreggae
Ivana Bentes – ECO
Paulo Vaz – Pós-ECO
Mediadora: Ilana Strozenberg ECO

18h – ENCERRAMENTO – Festa e Manifestos

O debate online sobre Cotas Raciais

Bom. A Universidade Federal do Espírito Santo aprovou o sistema de política de ação afirmativa, contudo, ainda não definiu o percentual da reserva vagas (o sistema de cotas) e os critérios de acesso à política. No último encontro, recusou-se o percentual de 52%.Fiz uma pesquisa rápida sobre o assunto pelo Tecnoratti (o Google dos blogs) e no Yahoo. E encontrei o mesmo debate em várias lugares desse país justa, lindo e com uma democracia racial plena:

1. As cotas no Rio Grande do Sul. Ver o blog O Olho-Dínamo, com o post chamado Democracia escandalizada.

2. Sobre as cotas em Brasília, ver depoimento de Gustavo Balduino.

3. Sobre cotas e desigualdades racial, há um conjunto enorme de conteúdo:

– Desigualdade racial começa na escola. Matéria da Folha. Mostra que, desde o ensino básico, o pessimismo racial é incutido nos negros.

– O quadro de discriminação racial no país desde a época da abolição da escravatura, artigo em ppt de Roberto Borges Martins.

– A mobilidade social dos negros, estudo (em pdf) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

– Desigualdades Sociais no Brasil, texto de Ricardo Henriques, do IPEA. Ele prova que desigualde social no Brasil é determinada pela questão racial.

– Desigualdade racial e desempenho escolar, paper de Carlos Henrique Araújo e Ubiratan Castro de Araújo.

– Educação e Desigualdade Racial, belo artigo de Maria Valeria Barbosa.

Todos eles servem de subsídios para aqueles que querem entender melhor o motivo e a ncessidde de termos cotas raciais e sociais.

Quem se move?

Vi uma discussão sobre a web, tipicamente louca, mas interessante. No livro "A Pele da Cultura", do Derrick de Kerchove, ele conta uma história de um sujeito que se perde da floresta e diz para seu ajudante: "Estamos perdidos!". Seu assistente de pesquisa, meio assustado, meio sorridente, diz: "Nós estamos no mesmo lugar, que se perdeu foi o espaço".Han! na hora, não saquei nada. Mas depois Derrick faz uma alusão interessante dessa história com a web. Para ele, quando acessamos a Internet estamos fixo, quem se move é o espaço. Então o conceito de espaço nas redes é sempre de fluidez. A mobilidade é sempre do espaço e não do sujeito.

Gostei da provocação e comentei com um amigo (quando estive no RJ, na quarta passada). Ele disse: "Mas isto é óbvio!". "Não é a Terra que se movimenta?. Nós estamos sempre fixos a esse movimento do planeta".

Viagem!!!! Eu hein!