Fotojornalista ou repórter cinematográfico?

A agência de notícias britânica Press Association criou um desafio novo aos seus 42 fotojornalistas. Deu a eles um câmera de vídeo portátil. Motivo: com o aumento da leitura de notícias online e com a popularização da conexão ADSL na Internet, a liguagem audiovisual tende a ser a mais consumida na web (vide o fenômeno Youtube).

Assim, o papel de fotógrafo – como captador de imagens – também se expandirá. A fotografia assumirá a sua veia cinematográfica. O movimento fotográfico torna-se mais importante. A câmera utilizada é a Canon S3, capaz de obter vídeo com resolução adequada a Internet.

Via Vision.

Deputado e a Internet

Fiquei surpreendido com um dado que poucos analistas notaram nas eleições para deputado federal. O fato da jornalista Manuela Pinto Vieira (PC do B-RS), a deputada com maior votação no país, ter sido a candidata que mais utilizou a Internet na sua campanha. Com apenas 25 anos de idade, a deputada eleita tem perfil no Orkut e se comunica constantemente com seus eleitores (ela é vereadora) por email para prestar contas de seu mandato.

Via FFF, li uma entrevista da agora deputada a um blogueiro de POA.
Pena que tem jornal tipicando-a como a “musa comunista”…

O relato de um precursor da cultura da informática

Um curto relato, na forma de discurso, feito por Steve Jobs, criador da Apple. O texto foi publicado na Você S.A. Mas eu li no blog Alfarrábio:

“Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. Continue reading

Um guia sobre o mundo copyleft

Trata-se de publicação, em língua espanhola, de um livro sobre como o mundo da cultura já sofre efeitos por conta do mundo copyleft. É uma boa bússola para compreendermos o funcionamento dessa licença pública em vários campos da produção cultural (software, música, audiovisual, produção editorial etc). O livro está disponível para download. Todo amparado pela licença Creative Commons.

Via Juan Freire.

A imagem imersiva

 

Trata-se das intervenções em 3d (um grafite no chão) do artista Julian Beever, que utilizando a técnico do anamorfismo cria essa ilusão cibernética no caos urbano. A imagem retrata bem a nova forma de percepção humana.

A imagem era criada para ser vista por um observador, que assumia o mesmo ponto de vista do pintor ao contemplar uma obra (é a tal da perspectiva renascentista). Hoje a obra deslocou a relação sujeito – objeto. Aquele distanciamento do pintor do seu objeto, e do observador da imagem retratada, está anacrônico. O modo de percepção se altera porque as imagens precisam proporcionar o envolvimento e a imersão. Só fazem sentido se o observador entrar dentro dela.

Acredito que nossa sociabilidade está cada vez mais imersiva. Precisamos, antes de ver a realidade, ver como ela fica no computador.

Via: El gato en el tejado

sobre a genealogia do webjornalismo

O jornalismo online, apesar de ainda ser uma criança de dez anos, já tem um pouco de história para contar. Particularmente, em termos de conteúdo editoriais, já ainda a predominância da lógica do lead na sua produção. Contudo, ele encontra cada dia novas linguagens. Do breaking news ao flash jornalism.

Na próxima quarta, vou apresentar teoricamente o tema. Mas já a antecipo com esse arquivo o download: Evolução do jornalismo online

Na contramão da blogosfera

Absolutamente sou contra a tese de que os blogs representam a fragmentação do espaço público. Mas há quem aposte na tese moderna meio habbemasiana. Trata-se do livro Blogs e a Fragmentação do Espaço Público, de Catarina Rodrigues, pesquisadora da Universidade da Beira Interior (UBI), em Portugal. O livro tem uma versão para download.

Sou contra a tese de fragmentação pois:

1. A idéia de espaço público, para mim, é transcedental. Nada acontece na praça (símbolo do espaço público) do meu bairro há pelo menos uns 30 anos. Nem sei se aconteceu algum acontecimento público por lá.  Aliás, a praça está mais ocupada por uma galera meio marginal do que pelos atores sociais que possibilitam a transformação do mundo. Aliás, a única praça de fato ocupada é a de alimentação nos shopping centers, chamadas pelos arquitetos de currais pós-modernos.

2. Sou macluhaniano neste ponto. A fragmentação não é uma invenção da blogosfera, mas uma invenção do livro, que criou a noção de público e a de indivíduo isolado. O eletrônico possui outro estatuto ontológico: faz parte do ser eletrônico viver em uma consciência planetária. Não há empiricamente como afirmar que um sujeito conectado está isolado do mundo, num eu egóico. Então, ao contrário da tese da fragmentação, defendo que a blogoesfera é um campo de integração de opiniões, experiências e atitudes de e na rede.

3. Não há fragmentação na blogoesfera. Há só comutação, sujeitos conectados ou possivelmente conectados. Não é da função do blogueiro produzir opinião pública, mas opiniões singulares em rede. O público na rede é líquido (é multidão).

Via Jornalismo e Internet.

Mais um artigo publicado

A Rede de Informações para o Terceiro Setor (RITS) publicou artigo meu sobre a dialética entre a new economy e a gifty economy. O texto aborda as tensas relações entre uma economia proprietária das redes (que busca controlar a informação) e a economia da liberdade das redes (em que a dádiva e a liberdade fundam as trocas de informação). Há uma versão do artigo para download.

Para quem não conhece, a RITS tem um papel pioneiro na democratização da comunicação e na inclusão digital no país.

A dimensão ética da Internet, anotações

Resolvi atualizar minha memória (virtual) como docente. Explico. Preparo aulas ainda no papel, faço anotações de insight. Depois sempre as perco. Um pouco de propósito para que no outro período faça uma outra aula, sempre renovando aquilo que penso. Só que isto é um saco. Resolvi colocar tudo no editor de texto e pronto. Cada período deleto e faço insert daquilo que houve de novo.

Por isso, para deleite de quem acessa o  blog, segue arquivo com minhas anotações em tópicos sobre a genealogia e no desenolvimento da Internet.

Baixe aqui: Anotações sobre a natureza da Internet

PS: estava escrever esse post, quando me supreendo com o WordPress. Acaba de traduzir sua interface para o português. E, no lugar de Write post, mandou um Escrever Notícias. O mercado é direto e reto: o jornalismo é do povão. Ou pelo menos, a linguagem jornalística.
PS: Estou lento no post por conta da minha eterna desculpa: a tese, que precisa ser defendida até março.

Quero um Blog falado

Quem estiver a fim de ter um blog falado, ou seja, um podcast, há um Blogger do podcast: é o Evoca. É um site em que o usuário criar seu próprio blog de áudio. Além disso, todo áudio tem uma etiqueta, o que permite que blogs como meus possam publicar o áudio alheio.

O curioso que quiser saber como fica a combinação de texto e áudio, uma boa dica é o blog e-dentidad, um dos melhores da blogosfera hispânica.