Dailymotion, o Youtube à francesa

O dilema agente smith é eterno no mundo das redes virtuais. Só hoje descrobri o Dailymotion, o Youtube à francesa. É muito semelhante. Há, contudo, pequenas diferenças interessantes: tem tradução da interface para o português, permite blogar qualquer vídeo e possibilita criar comunidades video-virtuais em torno de determinados assuntos.

A tese de alguns especialistas que o Google comprou o Youtube porque este é um top mind (quando vc pensa em vídeo na Internet, vem logo na cabela o Youtube) é bastante prudente. Basta ver que sites como Dailymotion é tão bom quanto o rival americano.

IV FOCO Redes Virtuais e a Constituição Política do Presente

O Departamento de Comunicação da Ufes realiza, entre os dias 23 a 27 de outubro, o IV Forum de Comunicação “Redes Virtuais e a Constituição Política do Presente”. O evento ocorre no auditório do CEG, no IC II, pela manhã e pela noite. Aberto e gratuito, o encontro busca debater os efeitos políticos, culturais e econômicos das tecnologias virtuais na produção da vida contemporânea.

A programação vai contar com a participação de pesquisadores de comunicação locais e nacionais. Confira: Continue reading

BLogs metropolitanos

Metroblog é um projeto global que reúne blogs metroplitanos, ou seja, diários que têm como função fazer uma crônica da cidade. Eu adoro o projeto e sou leitor de alguns blogs desse gênero. Nesta semana, em Nova York, o metroblog novaiorquino fez uma excelente post sobre acidente de avião que causou um certo frisson na cidade. Um testemunho consistente de como a cidade reagiu ao acontecimento.

A idéia do metroblog poderia ser um ótimo recurso para as assessorias de comunicação de prefeituras locais. Poderia ser indicado um jornalista para fazer crônica da cidade. As assessorias ficam muito focadas em vender notícias à imprensa e menos em comunicar o que as cidades possuem de interessantes.

O único blog metropolitano filiado ao Metroblog é o da cidade do Rio de JAneiro.

Uma nova fase da acumulação midiática

Com a compra do Youtube pelo Google, as corporações de mídia dão continuidade a uma nova estratégia de acumulação. Já sabem que não há como controlar a mensagem, pois os usuários (com a popularização de videocâmera, câmaeras digitais, celulares, blogs, wikis etc) produzem suas próprias verdades online.

A alternativa para as corporações é o controle dos espaços em que essas mensagens circulam. O Google agora passa a ter, por exemplo, poder de censurar qualquer videozinho que circula no Youtube. Tal como o Microsoft pode aplicar filtros de censura no MSN. Idem o Yahoo, no yahoogroups. Tal como o Google, no Blogger. A lista é infindável de corporações que hoje controlam os principais veículos de produção online.

O futuro da acumulação midiática então é controlar os meios e deixar pra lá a manipulação das mensagens (online). Assim, a lógica que o usuário é capaz de empreender a sua própria esfera de comunicação, o seu próprio discurso, revela-se como uma meia-verdade. No fundo revela-se uma ideologia: por trás da web 2.0, há uma brutal revelação: a matrix nos controla.

Tô pessimista hoje!!!

Veja burla legislação eleitoral

Realmente está difícil viver neste país e não pensar que a democratização dos meios de comunicação é urgente. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, a Veja estampou a sua capa semanal (que é a foto do Alckimin) em dezenas de outdoor com o seguinte dizer: O Desafiante.

Pura propaganda eleitoral. Ilegal, diga-se de passagem. Como sabemos, está proibida a propaganda eleitoral em outdoor. A Veja já passou dos limites, pelo amor de Deus. Isto, em qualquer país sério, levava o diretor da empresa para cadeia.

Os caras poderiam ser honestos e dizer abertamente que apóiam o Alckimin para não ficar nessa punheta da tal imparcialidade jornalística.

Vamos lá… Daslu x Sertão… Lula é Muitos!!!!

TV Google

Com a venda do Youtube para o Google, há quem aposte que o negócio televisão vai se alterar profundamente. Na verdade, o Google quer papar a verba publicitária que migra, cada vez mais, para da mídia de massa para web (na Inglaterra, a $ publicitária já é maior na web do que nos jornalões). Tanto é que o Google já pensa em inserir curtos anúncios publicitários antes de o vídeo começar ser descarregado; ampliar acordos comerciais semelhantes ao do Youtube-Warner (ou seja, distribuindo videoclips inéditos) com as televisões comerciais para que elas hospedem vídeos antigos e novos programas (cabe saber se a produção não vai acabar se direcionando mais para web do que para a telinha).

O Google agora vai entrar de vez no mercado audiovisual. Até então se posicionava como um agente — produzia mídias de push, ao nos facilitar a vida com suas tecnologias de busca, nos empurrando sempre as informações mais recentes sobre determinados temas (GoogleNews, GoogleMap, Google Earth, Orkut etecetera).

Agora o Google vai gerir a maior televisão participativa do mundo. E não é só a TV de massa que deve sofrer conseqüência scom a entrada do Google no mercado de audiovisual. A comunidade blogueira. Isto porque os vlogs devem ultrapassar os blogs textuais. Assim, o Google vai estar presente cada vez mais nas mídias colaborativas, possibilitando que o conteúdo dessas mídias estejam armazenado em alguma plataforma Google.

Alguns artigos (em espanhol) sobre o fenômeno Youtube e sobre, o agora, GooTube:

A televisão é pessoal, de Juan Varela – um um wiki artigo |

Mais artigos interessantes: Caspa.tv,Enrique Dans,Pepe Cervera,José Antonio del Moral.

Aos poucos online se liberta do impresso

Em Córdoba, na Argentina, o jornal La Voz.com.ar segue na sua reformulação a tendência de distanciamento do impresso como metáfora para composição de seu layout. Um deles: a abolição do menu com editorias. Muitíssimo influenciado pelo Clarin. Contudo, não tem a linguagem blog do Clarin. Este opta por dar informações atualizadas, uma seguida da outra como se fossem vários posts. Não importanto a hierarquia de editorias.
Por falar  em blogs, o jornal abusa dessa ferramenta. Para o idealizador da página (vale à pensa conferir a entrevista do cara no blog Visualmente), os blogs ocupam no jornal o espaço da conversação entre jornal e leitores.

Creemos que los blogs no van a reemplazar a los medios, pero que están haciéndolos cambiar. En nuestra flamante sección de blogs, que ocupa un lugar destacado en varios lugares de la home, hemos buscado abrir la conversación con los lectores, hacer transparentes los procesos de producción de noticias y establecer más espacios para el debate y el pluralismo de ideas. Estamos convencidos de que es el mejor aporte que podemos hacer a la democracia. No sé si finalmente los blogs ocuparán el lugar de “quinto poder” que algunos les atribuyen, pero sí estoy seguro de que nos ayudan a hacer mejor nuestro trabajo y a conocer mejor a nuestros usuarios. Los blogs ofrecen una mirada fresca y renovada sobre la realidad. Por esa razón ofrecemos cuatro espacios distintos: hay una sección de blogs de periodistas del diario, otra para bloggers invitados que hablan sobre múltiples temas, para los propios lectores que nos envían sus propuestas y un espacio de blogs recomendados. Es más, el evento de lanzamiento del nuevo sitio contó, entre los más de 200 empresarios, anunciantes, creativos y agencias de publicidad, con varios bloggers locales que fueron invitados de manera especial. (Franco Picatto, editor do La Voz.com.ar, via Visualmente)

 

Internet pode dar transparência ao jornalismo

A Internet está restabelecendo as relações entre os poderes e os grupos sociais. Na política, candidatos que mantém relações de conversação por meio da web começam a despontar. Na economia, corporações estimulam funcionários a terem blogs para interagir com consumidores.

No quarto poder, a conversação segue sendo uma forte tendência. Via Vision, leio que um pequeno jornal americano (tem 100 mil leitores), Spokeman-Review, resolveu instituir um série de mecanismos de conversação com seus leitores para produzir transparência na produção jornalística, reduzindo a desconfiança dos leitores sobre os pressupostos manipulatórios da imprensa. Segue uma tradução do que foi publicado no Vision das alternativas possíveis para democratização do jornalismo:

News is a conversation‘, um blog em que leitores opinam sobre os conteúdos e sobre a cobertura informativa do jornal.
Daily Briefing‘, blog que antecipa os conteúdos do dia seguinte e busca inserir os leitores no interior do processo de criação jornalístico.

Ask the editors‘, outro blog em que são respondidas as perguntas dos leitores sobre operações e decisões editoriais.

Live webcasts‘, espaço no qual se pode observar, em áudio e vídeo, o que foi decidido no conselho de redação.

Future de newsroom’, novamente um blog no qual Carla Savalli, encarregada de desenvolver um protótipo para a sala de redação do século XXI, conversa com os leitores sobre o futuro da imprensa, sobre tecnologia, sobre os valores tradicionais do jornalismo cívico e sobre como dar aos leitores maior acesso, maior opções e maior voz.

Finding the frame‘, blog em que os fotógrafos contam as histórias que estão por trás das imagens.