Veja sacaneia cartunista

Via Alfarrabio, leio que a Veja publicou uma charge sem devida autorização. Tratava-se de Lula chegando numa banca de revista e perguntando se havia revista de sacanagem. O jornaleiro responderia: Qual? E Lula: “A Veja, aquela que vive me sacaneando”. O autor é o Santiago, que recebeu um telefonema da redação, que pedia a liberação da charge. Santiago disse não porque não concordava com a linha editorial da revista. Mesmo assim o periódico publicou o cartoon do cara.

Mais uma da Veja…

Um jornal participativo tupiniquim

O Brasil wiki é uma tentativa de produzir um wikijornal brasileiro, na linha dos jornais participativos. Gostei dos vídeos. Os textos estão ainda muito escasso.  O usuário deve se cadastrar no site (algo meio contraditório para a linguagem wiki, mas tudo bem…). A responsbilidade do material divulgado é do internauta, segundo diz os termos de uso.

Falta ser um pouco mais ágil na publicação. Deve ser por conta dos editores…

Blog: da Gazeta ou do blogger?

Nem pop, nem cult é o novo blog com o cabeçalho do Gazeta Online. O portal capixaba, no melhor estilo gambiarra, lançou o blog na plataforma Blogger. Por um lado, isto é bom pois torna evidente que essa plataforma tem muita “coisa jornalística”. Por um outro, é um certo desleixo com a unidade de negócio conteúdos para Internet (o online no ES ainda é tratado pelas empresas de comunicação como algo menor).

Quer ter blogs? Então estrutura uma plataforma para isto. Investe em tecnologia. E não fica vampirizando conteúdo de ninguém. Sei que a Globo.com tem parceria com o blogger, mas, pô!, ninguém merece tanto desleixo e algumas tolices: a interface fica poluída (entre o cabeçalho-menu da Globo.com e do Blogger), o conteúdo não tem a credibilidade da empresa (de certa forma, do ponto de vista da autonomia do trabalho, isto é ótimo) e o blogueiro tem de se virar na organização da sua página, arcando com os custos de produção, enquanto a empresa ganha os ônus da visibilidade.

Assim não pode, assim não dá.

Ops! o blog é maneiro! É um estilo cocadaboa e kibeloco.

Mais adesão ao blog como jornalismo

Segue um textinho, na verdade um testemunho, sobre o vício de ler blogs (sofro desse mal também). Depois da invenção do agregador de notícias RSS, fiquei viciado em conteúdo de internet (jornalístico, literário, íntimo etc). A citação a seguir foi publicada no Webinsider, por Darcio Vilela:

O jornalismo já acordou para o poder dos blogs e a maioria dos grandes jornais tratou de “profissionalizar” o meio, disponibilizando espaços para articulistas de suas equipes editoriais. Departamentos de mídia de agências também investem no potencial desse canal e vêm adaptando formatos e ações a essa realidade.

Sobre a questão viral

Semana passada rolou em Vitória, o IV Foco, que este ano debateu as redes virtuais e a constituições política do presente. Houve uma porrada de temas e queria escrever alguma reflexão (um pouco resenhada) sobre a crise da comunicação de massa e o novo padrão de distribuição comunicacional: o viral.

Sobre a crise, o ponto fundamental é a insistência de o usuário afirmar a sua dimensão produtiva. Nasce (e morre) a todo instante blogs, sites, fotologs, comunidades virtuais, moblogs, vlogs, jornais participativos, fotos tagueadas, enfim, uma infinidade de publicação multimídia, que tematiza desde a parafuseta da motocicleta a testemunhos de ataques do PCC em SP. A eleição 2006 mostrou o poder em rede desses veículos, um poder de resistência ao discurso pronto para o uso da grande imprensa. O interessante é que não dá para conceituar esse movimento como uma imprensa ou comunicação alternativa, pois todos esses veículos não nasceram de uma preocupação de ser contra o discurso midiático, mas se constituir em uma caixa de ressonância do que circula nos mass media e um espaço de produção de expressões próprias (como blogs literários, fotologs do time de futebol etc). É um poder absolutamente em rede.

O que vemos é que a comunicação se tornou imersiva. Claro que a natureza da Internet ajuda nessa caracterização. Ao contrário dos outros meios, na Internet você está dentro dela. Na tevê, no rádio ou na imprensa, você é um espectador. Assim, as informações só se popularizam na Internet no momento em que eu as faço circular. Quando se tornam um vírus. Preciso contaminar alguém com o meu enunciado para que este sujeito o encaminhe como uma corrente. É o web a boca, como dizem os espanhóis.

Esse movimento coloca o usuário na figura de um operário da informação. Não há mais graça estar na Internet e ficar como um autista (Mr. Manson, nomeou muito bem durante o Foco). O gostoso é meter a mão na massa e poder construir a minha própria casa (sítio), meu próprio discurso, minha própria expressão. Por isso, que a Internet é mais que uma mídia. É a virtualização da nossa singularidade na forma de bits: my space.

O viral – para além do seu estilo pegadinha – é herdeiro da arte participativa. Já não há mais aquele distanciamento da obra, a obra precisa ser uma construção coletiva na Internet. Sou sujeito e objeto da obra. Eu sou a mídia!

A decadência do chat

Depois dos comunicadores de mensagens instantâneas,  dos scraps  do Orkut, dos comment dos blogs,  o  nosso querido chat está quase virando finado. Estima-se que somente 20% dos usuários utilizam ainda esse recurso. A turma mais jovem, 3%.

Me lembro que, em 1996, o chat era balsâmico. Ter múltiplas identidades (nicks), conhecer a turma da “sala da cidade de Belém”, conversar com cinco pessoas ao mesmo tempo, ficar entorpecido com aquele sobe e desce de mensagens e sentir estar criando uma linguagem nova (os pais não entendiam nada – até hoje!).

Mas os tempos são outros. O passado é pra ser esquecido… Se for para lembrar e só para inventá-lo.

Antes de morrer, pratique 101 técnicas de sexo

Quando li esse post no Meneame, fui correndo no link original, o blog Tony´s Journal. O post está escrito em inglês. Quem não sabe nada, se vire e leia. Quem tem inglês macarrônico, pegue o dicionário e traduza. E quem flui no idioma, se deu bem.

Quem quiser, faça uma ação de responsabilidade social. O post é fundamental para qualquer sujeito da face dessa terra.

Não vou adiantar nadinha aqui. Há dicas for men and woman.

A onda agora é o escambo

Uma nova invenção das multidões da cibercultura: o escambo. Uma idéia óbvia e original. Há sites especializados em trocas peer-to-peer de Dvd´s, Cd´s, livros e games. O raciocínio é simples: um site conecta pessoas, que trocam bens uma com as outras. O site cobra geralmente R$ 2,o para cobrar custos operacionais. Pena que a experiência é nos EUA.
Trocas de DVD´s: Peerflix

Trocas de CD´s: Lala.com

Trocas de Videogames: GameSwap

Troca de livros: PaperBackSwap