A entrevista de Castells no El Pais

O Thalles já havia me dito que a entrevista do Castells ao El Pais estava ótima. Fui lá conferir, que beleza.

Castells está a lançar um estudo que demonstra que a internet aproxima e não isola as pessoas, como quer o discurso midiático. Além diss, demonstra que a pessoa mais autônoma tende a usar mais a rede.
Ponto interessante é sua hipótese de que a brecha digital está associada à idade. Na Espanha, entre a população acima de 55 anos, somente 25% tem acesso à rede. Contudo, a geração abaixo dos 20 anos, 90% tem acesso. Logo, quando uma geração substituir a outra, a dívida digital vai diminuir.

Outro ponto interessante da entrevista é o reforço de que a internet é um ambiente que abre constantes fissuras no poder, e que os governos – com freqüência – só pensam em controlar a rede (principalmente com aquela desculpa de impedir spam, pornografia etc).

P. Vivimos en una sociedad en la que la gestión de la visibilidad en la esfera pública mediática, como la define John J. Thompson, se ha convertido en la principal preocupación de cualquier institución, empresa u organismo. Pero el control de la imagen pública requiere medios que sean controlables, y si Internet no lo es…

R. No lo es, y eso explica por qué los poderes tienen miedo de Internet. Yo he estado en no sé cuántas comisiones asesoras de gobiernos e instituciones internacionales en los últimos 15 años, y la primera pregunta que los gobiernos hacen siempre es: ¿cómo podemos controlar Internet? La respuesta es siempre la misma: no se puede. Puede haber vigilancia, pero no control.

metamorfose do conceito de notícia

Via o blog E-periodista, li a citação do diretor da Time sobre a mudança no conceito de notícia (informar o contexto) após o advento da internet, transponha-a de forma literal:

La concepción original de Time era apenas una recapitulación de las noticias de la semana. En mi opinión, esa noción básicamente ha desaparecido en la era de internet, donde aquello que clásicamente se conocía como ‘noticia’, sea lo que demonios sea, se ha convertido en un producto común [commodity]. Ahora lo que importa es aquello que puedes añadir a lo que la gente ya sabe, poniéndolo en contexto, dándole perspectiva, amplificándolo, proporcionándole profundidad.

Crítica às redes sociais

Redes antisociais: a pior idéia da internet? – É o título do artigo de Juan Freire que promove uma crítica muitíssimo inteligente às redes sociais que se estruturam a partir da lógica de “ambientes controlados”, como é o Orkut, o Facebook etc.  Freire ecoa as idéias de Adam Greenfield, que faz campanha contra as arquiteturas dessas redes sociais controladas.

Via: Soitu.es, por Juan Freire

Newsweek e os blogueiros

De novo, internet e política. Nos EUA, a Newsweek resolveu inovar. Criou um espaço online (The Ruckus) para que blogueiros façam análises políticas sobre as eleições presidenciais de 2008.  A idéia é que eles (são 9 ao total) insiram neste espaço as principais idéias e argumentações que rolarão na blogosfera na época das eleições.

Exemplo bom de união entre a midiasfera e a blogosfera. Exemplo que reforça a tendência da expansão do diálogo público online. É a opinião pública se metamorfoseando.

Via: Periodismo Ciudadano

2 em cada 3 adolescentes se expressam online

Segundo a mais nova pesquisa do Pew Internet and American Life Project, 2/3 dos adolescentes nos EUA se expressam online. E mais:

– 40% hospeda suas criações artísticas online;
– 28% possui blogs;
– 55% tem perfil em redes sociais como Facebook e MySpace.
– 76% já fizeram comentários em blogs (achei esse dado o mais interessante).
– Os meninos postam mais vídeos que as meninas (o dobro, segundo a enquete).
– Colocar uma foto online é a maneira mais rápida de iniciar uma conversação (no Brasil, quem é usuário do Orkut sabe disso: é só o sujeito mudar o seu álbum, e já se inicia uma enxurrada de scraps).

Via Transnet

moderar ou não os sites políticos?

Olha aí artigo no El Mundo sobre política e internet. O ano de 2008 será de eleições municipais e, para mim, a internet vai ocupar um lugar maior do que ocupou na eleição de 2006.

Neste artigo, chamado A rede não é dos partidos (La red no es de los partidos), o autor critica o fato de os partidos estarem a censurar, antes ou depois de publicadas, as mensagens de cidadãos em seus sites.

É aquele dilema, o que fazer com a lógica aberta da internet? Moderamos ou não os comentários? Colocamos algum filtro contra os trolls? No caso da política, deixamos a opinião contrária no espaço de visibilidade política de um candidato?

Via: Blog do Enrique Dans