No Reino Unido, governo usa Youtube

Li isso no Periodista21, de Juan Varela. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, lançou um canal no Youtube, o 10 Downing Street, para fazer contato direto com os cidadãos do Reino Unido, que postam questões e comentários sobre o seu governo,abrindo uma relação de diálogo online.

Juan Varela, no jornal português Público, titulou a iniciativa de “governo aberto”. Ou seja, governo aberto à comunicação direta com os cidadãos, de forma p2p.

120 anos de abolição e ainda lutamos por ela

Me sinto com a alma lavada com esse manifesto pró-cotas, no dia em que comemoramos 120 anos de abolição. Há trechos fabulosos, como este:

O discurso dos adversários das cotas não se caracteriza exatamente pela coerência. Primeiro, quando as cotas são constituídas a partir de uma lei estadual – aprovada por quase a unanimidade dos representantes do povo – sancionada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, os adversários defendem a autonomia universitária e recorrem à Justiça; quando essas medidas são adotas por conselhos universitários no uso de sua autonomia, eles novamente recorrem à Justiça. Dizem reconhecer que os negros são discriminados – portanto, identificáveis–, mas afirmam que não é possível identificá-los para fins de ação afirmativa. Argumentam enfaticamente que raça não existe, mas defendem a “democracia racial” (?) e a “miscigenação”, ou seja, a mistura das mesmas raças que sustentam não existirem. Ao mesmo tempo, negam que a miscigenação é uma multiplicidade de cores, de conhecimentos, de possibilidades criativas. Dizem que a educação é a solução, mas não se engajam com o mesmo vigor nas campanhas pela melhoria do ensino público e se mobilizam contra a democratização do ensino superior”.

jornalismo online e o mito do texto pequeno

Ao contrário do que apregoa muitos manuais, quem acompanha diariamente o desenvolvimento do jornalismo online, já verifica que o jornalismo online já deixou de ser, há um bom tempo, sinônimo de “texto curto”. A minha hipótese é a seguinte: o texto online é do tamanho que comporta a história do fato. Tudo isso graças a memória é ilimitada no online, só existente no jornalismo online (como nos ensina o Marcos Palácios).

E pelo que se vê, o online tem optado por histórias longas nas suas principais informações de capa. Hoje li a notícia de capa do Globo Online, Mãe de Isabela acha que a filha foi mora por ciúmes dela. A opção do jornal carioca é verticalizar bem o texto, sem se preocupar com a quantidade de scrolls. A história é longa e muito hipertextualizada, porque o fato é de grande repercussão e tem já muita informação. Mas se fosse um fato ainda com “pouca história”, mas bem apurado, o texto seria mais curto.

Vou continuar a desenvolver essa hipótese nos próximos posts.

pensar é esquecer diferenças

No final do conto “Funes, o mentiroso”, de Jorge Luis Borges, refleti sobre a sua frase seguinte:

“Pensar é esquecer diferenças, é generalizar, é abstrair” (Borges).

Fiquei a interpretar, se o homem prático, que tem paixão pela ação, por querer sempre os detalhes das coisas, não é condenado ao não-pensar e, com isso, a ausência de projeto de vida. Por outro lado, ao somente pensar, ao esquecer as diferenças, o homem intelectual não ficaria sempre condenado a um projeto transcedente?

Questões.

Sim às políticas afirmativas

Como muitos já sabem, a cultura brasileira está sob ataque. Um conjunto de pessoas resolveu impetrar ação no supremo contra as políticas afirmativas (para negros e indígenas) e contra o Programa ProUNI. Agora, um conjunto de outros atores lançam manifesto e uma formulário favorável à adoção de medidas sociais que ampare o estrago que a escravidão produziu no Brasil.

Assinem o manifesto, por favor!