Encontrei esse catálogo de textos (em pdf) – na forma de bibliografia selecionada – sobre redes e novas tecnologias da informação e da comunicação. Todos os textos selecionados estão online. A curadoria do trabalho foi feita pelo NUPEF. É uma ótima fonte de referência para quem estuda cibercultura.
Author: Fabio Malini
No Reino Unido, governo usa Youtube
Li isso no Periodista21, de Juan Varela. O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, lançou um canal no Youtube, o 10 Downing Street, para fazer contato direto com os cidadãos do Reino Unido, que postam questões e comentários sobre o seu governo,abrindo uma relação de diálogo online.
Juan Varela, no jornal português Público, titulou a iniciativa de “governo aberto”. Ou seja, governo aberto à comunicação direta com os cidadãos, de forma p2p.
Resenha no NYT debate blogs
Sarah Boxer escreve ótima resenha sobre blogs no Times. Sarah faz sua crítica tendo como objeto vários livros recém-publicados, entre eles, o A Cultura do Amador, do odiado e anti-Cristo Andrew Keen.
especial Blogs na Revista Telos
Ótimo especial – na verdade, uma coletânea – de artigos científicos sobre blogs, publicado na revista Telos (em espanhol). Em atenção, há dois excelentes: Un tutorial sobre blogs. El abecé del universo blog, de Antonio Fumero. E Anatomia de los blogs. La jerarquia de lo visible, de Adolfo Estelella.
Lula, à direita (off topic)
Saída da Marina Silva do governo Lula, primeira grande virada à direita desse governo.
produção acadêmica sobre blogs
Raquel Recuero organiza o BlogBrasil, wiki de artigos e estudos de pesquisadores brasileiros sobre a blogosfera e seus impactos sociais. Ótima fonte de trabalho.
120 anos de abolição e ainda lutamos por ela
Me sinto com a alma lavada com esse manifesto pró-cotas, no dia em que comemoramos 120 anos de abolição. Há trechos fabulosos, como este:
O discurso dos adversários das cotas não se caracteriza exatamente pela coerência. Primeiro, quando as cotas são constituídas a partir de uma lei estadual – aprovada por quase a unanimidade dos representantes do povo – sancionada pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, os adversários defendem a autonomia universitária e recorrem à Justiça; quando essas medidas são adotas por conselhos universitários no uso de sua autonomia, eles novamente recorrem à Justiça. Dizem reconhecer que os negros são discriminados – portanto, identificáveis–, mas afirmam que não é possível identificá-los para fins de ação afirmativa. Argumentam enfaticamente que raça não existe, mas defendem a “democracia racial” (?) e a “miscigenação”, ou seja, a mistura das mesmas raças que sustentam não existirem. Ao mesmo tempo, negam que a miscigenação é uma multiplicidade de cores, de conhecimentos, de possibilidades criativas. Dizem que a educação é a solução, mas não se engajam com o mesmo vigor nas campanhas pela melhoria do ensino público e se mobilizam contra a democratização do ensino superior”.
jornalismo online e o mito do texto pequeno
Ao contrário do que apregoa muitos manuais, quem acompanha diariamente o desenvolvimento do jornalismo online, já verifica que o jornalismo online já deixou de ser, há um bom tempo, sinônimo de “texto curto”. A minha hipótese é a seguinte: o texto online é do tamanho que comporta a história do fato. Tudo isso graças a memória é ilimitada no online, só existente no jornalismo online (como nos ensina o Marcos Palácios).
E pelo que se vê, o online tem optado por histórias longas nas suas principais informações de capa. Hoje li a notícia de capa do Globo Online, Mãe de Isabela acha que a filha foi mora por ciúmes dela. A opção do jornal carioca é verticalizar bem o texto, sem se preocupar com a quantidade de scrolls. A história é longa e muito hipertextualizada, porque o fato é de grande repercussão e tem já muita informação. Mas se fosse um fato ainda com “pouca história”, mas bem apurado, o texto seria mais curto.
Vou continuar a desenvolver essa hipótese nos próximos posts.
pensar é esquecer diferenças
No final do conto “Funes, o mentiroso”, de Jorge Luis Borges, refleti sobre a sua frase seguinte:
“Pensar é esquecer diferenças, é generalizar, é abstrair” (Borges).
Fiquei a interpretar, se o homem prático, que tem paixão pela ação, por querer sempre os detalhes das coisas, não é condenado ao não-pensar e, com isso, a ausência de projeto de vida. Por outro lado, ao somente pensar, ao esquecer as diferenças, o homem intelectual não ficaria sempre condenado a um projeto transcedente?
Questões.
Sim às políticas afirmativas
Como muitos já sabem, a cultura brasileira está sob ataque. Um conjunto de pessoas resolveu impetrar ação no supremo contra as políticas afirmativas (para negros e indígenas) e contra o Programa ProUNI. Agora, um conjunto de outros atores lançam manifesto e uma formulário favorável à adoção de medidas sociais que ampare o estrago que a escravidão produziu no Brasil.
Assinem o manifesto, por favor!