Mais uma colaboração minha com a imprensa. Agora, na reportagem de Marcelle Souza, para Calle 2. Leia a matéria.
Mais uma colaboração minha com a imprensa. Agora, na reportagem de Marcelle Souza, para Calle 2. Leia a matéria.
Acabo de publicar um trabalho completo que esmiuço as bases teóricas que, aqui no Labic, estamos a estudar para analisar relações em rede. O paper é apresentado na Compós 2016, sob o título Um método perspectivista de análise de redes sociais: cartografando topologias e temporalidades em rede. E pode ser baixado aqui: http://bit.ly/1U2d1WD.
O trabalho é uma tentativa inicial de emular a teoria dos grafos, a teoria ator-rede e a teoria do perspectivismo ameríndio, num mesmo propósito: identificar as chamadas perspectivas em rede, através da coleta, mineração, modelagem e visualização de dados digitais, apresentando, para isso, os softwares que desenvolvemos para tais etapas metodológicas da ciência de dados (data science).
Resolvi reativar o blog. E passar a publicar cartografia de redes sociais por aqui e no site do Labic.
POr enquanto, eu atendo no endereço http://www.labic.net
É o laboratório que eu coordeno junto com o professor Fábio GOveia.
Cansei da autoria individual, transito na autoria compartilhada.
Tô lá. Só chegar.
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Sem muitas conversa. Segue a rede, até agora, das interações no Twitter associadas à hashtag #GenocidioGuaraniKaiowá. A tag ficou entre as mais tuitadas da terça. E mostra articulação social contra o ruralismo que mata em MS. Na imagem, aí embaixo, não dá para ver no detalhe os perfis mais retuitados (não deu para tratar a imagem em curto espaço de tempo), mas no pdf aqui a visibilidade da rede é perfeita. Detalhe: é a rede só de Retweets. Se contarmos a quantidade de seguidores de cada um desses nós (perfis) que retuitam já dá para notar o estrago na imagem do governo de Dilma, que finge que o caso não existe. Até 23h40, somados, os tweets com a hashtag #GenocidioGuaraniKaiowá (com acento) mobilizavam mais de 15 mil perfis no Twitter.
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Início das Aulas em:
Campus Goiabeiras, Maruípe e de Alegre: 20 de setembro de 2012
Campus São Mateus: 24 de setembro de 2012
2012/1 – Fim: 08 de novembro de 2012
2012/1 – Provas finais: de 08 a 16 de novembro de 2012
2012/2 – Início: 26 de novembro de 2012
2012/2 – Recesso final 2012 – Início recesso: 23 de dezembro de 2012
2012/2 – Recesso final 2012 – Final recesso: até 22 de janeiro de 2013
2012/2 – Fim: 26 de abril de 2013
2012/2 – Provas finais: de 29 de abril a 03 de maio de 2013
2013/1 – Início: 16 de maio de 2013
Interessante a análise da Rede do Luiz Paulo Vellozo Lucas em comparação com a da Iriny Lopes no Twitter.
De 10 de agosto até hoje, @LpVellozo teve seu nome mencionado em 1811 Retweets, gerados por 118 perfis no Twitter, a partir de tweets publicados por 80 pessoas (número de bolinhas aí da figura).Em termos de tweets, recebeu 3221 tweets (37% de menções negativas).
Fiz o mesmo gráfico para a candidata do PT, Iriny Lopes. A rede dela produziu menos RTs: 1045. Contudo, eles foram gerados por 185 perfis no Twitter. A rede do LP sofre com a endogenia. A Iriny ganha na diversidade e na produção de associações (talvez porque tradicionalmente o PT tem uma militância na rede mais forte). Foram 3405 tweets mencionando a candidata (12% de menções negativas à sua imagem).
Algumas observações:
A rede do LP sofre, o que estou chamando, de forte “flodagen colaborativa” (vem da parte vermelha do gráfico do @LPVelozzo).E vai cedendo terreno a rede da Iriny, que se infiltra e faz um duplo movimento:
– Cria o efeito do “deixar pianinho”. Isso porque os perfis aliados à Rede Iriny que está dentro da rede tucana faz circular denúncias (verdadeiras), imagens e sátiras ao candidato LP. Sua equipe recua como se sentisse uma boxeada. E diminui a produção de relação social na rede. Estudos de rede mostram que aquele que floda acaba por ganhar interesse na rede. Por motivos puros: não se trata de trolagem – a produção gratuita de mensagens raivosas e ofensivas. Mas da permanente produção de verdade na rede do outro.
– O ensimesmamento da rede tucana, o que provoca, de prima, uma baixa propagação da agenda temática de um candidato. O núcleo duro da rede tucana, como os fakes “amigos do Luiz Paulo” e “tucanosES”, acabam unindo-se aos perfis oficial para criar um ação narcísica de falar sobre si próprio (o candidato). E assim diminui o processo de produção de relação social na rede. De criação de empatia com usuários que ficam sempre ali de stalker observando o fluxo conversacional dos perfis.
Já na rede de tuiteiros que apoiam Iriny Lopes, a clusterização em torno do perfil da candidata do PT chama a atenção. É claro que nem sempre um RT é marcado por elogios. Ele pode vir antecedido de muita ironia e crítica. Mas é notório no gráfico o volume de relação social que a equipe da Iriny está gerando na rede.E isso vai criando um capital social. Que pode ser usado ou não pela candidata.
Destaca-se, em azul, a presença de uma rede “semi-tucana”, alimentada pelos RTS produzidos pelos fakes @es140, @trololori e @amigosdoLuizPaulo, que citam a Iriny Lopes. O esforço dessa rede é afirmar que a Iriny é uma candidata com pouca experiência administrativa e associada à gestão atual do PT na cidade (que é bem avaliada e, diga-se de passagem, é composta pelo grupo político do vice de LP, assim, é pouco compreensível essa estratégia). Curioso: a rede tucana na rede petista está sempre “dependente” da flodagem petista. É pouco inventivo. Verifiquei alguns tweets desses perfis tucanos na rede petista. E sempre é a mesma toada: denúncias contra a atual gestão na prefeitura e ataques ao compartilhamento das denúncias de improbidade de @LPVelozzo (feitos pelos petistas online).
Dá para notar o seguinte: todas as armas possíveis estão sendo produzidas pelas duas campanhas. Não há nenhum bom mocismo em ambos os lados. A situação é de confronto. E, se tudo indicar, o segundo turno vai ser ainda mais nervoso.
Mas não dá para fingir: a rede petista avança, do ponto de vista, da musculatura colaborativa. E os tucanos precisam se ligar. E reagir.
PS: segue os pdfs das redes tucana e petista. Baixando-os a visualização da imagem fica bem melhor. Você pode dar até zoom na imagem.
PS2: Os dados foram extraídos em Yourtwapperkeeper e visualizados no Gephi.
PS3: O tal vídeo de Edson Ribeiro (publicado pelo anônimo ciganolouco e pelo próprio candidato no Youtube), cheirando a bíblia para “não cheirar coicaína” faz um estrago na internet. São mais de 65 mil views. Na cidade, nem todo mundo viu horário eleitoral. Mas quase todo mundo o tal vídeo. Pode ter certeza, o impacto no voto vai acontecer.
A fanpage da candidata do PT a Prefeitura de Vitória, Iriny Lopes, também é marcada por interação baseada mais em likes do que comentários. De 5 mil fãs, apenas 306 participam da campanha (isso desde 23 de agosto, quando extrai os dados). Mas 1300 pessoas estão falando da Iriny, número 4 vezes maior do que na fanpage de Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB). Como sabemos, toda fanpage serve para catalizar um trabalho cooperativo, em que o fã pode publicar material de interesse do “ídolo” dentro da fanpage. Quanto mais posts de fãs, mais atuante fica a fanpage. E essa atuação, em geral, encoraja mais pessoas a publicar/comentar material novo na fanpage. A fanpage de Iriny possui 92% de curtidores. E 8% de comentaristas. O que demonstra que a página ainda é bastante top-down.
Em relação ao seu adversário Luiz Paulo Vellozo Lucas, Iriny possui uma rede mais heterogênea e clusterizada, embora, no Facebook, as redes locais se comportem de modo mais fechado mesmo, formando quase sempre um grande grupão. Por motivo simples: as pessoas que conformam a rede da Iriny são amigas no FB. Assim os perfis estão bastante unidos. De qualquer modo, a rede Iriny está mais agitada. A turma da campanha está mais ativa online.
Mas vale a crítica: a atividade dos militantes do PT ainda se reduz a curtição de posts na fanpage; esta continua sendo posicionada como um “blog dentro do Facebook”, no lugar de um espaço de articulação da militância.
Segue o arquivo pdf para que você veja a imagem no detalhe. No gráfico, trabalhei os filtros de modularidade (comunidades) e de Autoridades da rede. Usei o NodeXL para extrair os dados. E o Gephi para visualizar.
PS: falta a campanha a netiqueta que está sendo utilizada este ano pelas assessorias: indicar os conteúdos produzidos pela #assessoria e aqueles escritos pelo candidato nas redes sociais. Aliás, netiqueta que vale para todos.
PS2: olhe com mais zelo para a imagem e responda com quem ela se parece.